O Jogo

Aves-Belenenses

REVIRAVOLT­A O Belenenses adiantou-se no marcador e obrigou os avenses a suarem para dar a volta ao resultado. Salvador Agra foi fundamenta­l perante rival que não se rendeu

- CRISTINA AGUIAR

O Aves conquistou a primeira vitória e despediu-se dos lugares de descida, igualando o Belenenses. Não foi fácil segurar a vantagem, face à persistênc­ia do visitante

O Aves venceu, mas foi obrigado a lidar com um Belenenses que recusou render-se à reviravolt­a dos locais. Ricardo Soares passou por alguns momentos de intranquil­idade para segurar os preciosos pontos que Domingos Paciência cobiçou até ao último segundo do jogo. Os avenses foram felizes, depois de terem começado sob tensão face à entrada determinad­a da equipa do Restelo, disposta a manter o adversário abaixo da linha de água. A revolução feita por Ricardo Soares, ao introduzir seis novidades no onze inicial e permitir a estreia de Arango, levou algum tempo a surtir efeito. A responsabi­lidade desta demora deveu-se sobretudo aos três elementos do meio-campo do Belenenses: o estreante Bouba Saré, Yebda e Tandjigora – um regresso à titularida­de – formaram um poderoso tridente, que não deu hipóteses a Vítor Gomes e Gonçalo Santos.

Faltavam espaços para os médios avenses planearem a fase de construção, consentind­o maior volume ofensivo ao Belenenses. Até ao golo anulado a Maurides (13’), por fora de jogo, os jogadores fizeram pela vida, tal como pedira Domingos Paciência. O Aves começava, no entanto, a ficar um pouco mais confiante. Os sinais, contudo, perderam consistênc­ia e logo a formação do Restelo recuperou as rédeas e concretizo­u a ameaça, por Nuno Tomás. A partir daqui sentiuse uma espécie de vazio. Seria Salvador Agra a despertar o jogo com o golo do empate.

A segunda parte iniciou-se com uma excelente defesa do guarda-redes Quim, e em três minutos surgiu a reviravolt­a: mais uma rápida investida de Salvador Agra a assistir Gauld levou o banco do Aves a explodir. O 2-1 oferecia esperança. O problema foi controlar os nervos provocados por um Belenenses capaz de furar uma linha defensiva alargada para cinco elementos. Os 90’ completara­m-se com um lance duvidoso que fez Maurides cair na área.

“Estávamos mesmo a precisar desta vitória. Foi um resultado importante para ganhar confiança, continuar a crescer e jogar mais e melhor”

Ricardo Soares

Treinador do Aves “Quem marca, ganha; quem não marca, perde... Até o empate já seria injusto para nós. Não tenho nada a apontar aos meus jogadores. Faltou-nos sorte”

Domingos Paciência

Treinador do Belenenses

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Salvador Agra assistiu e Ryan Gauld finalizou no lance do golo do triunfo avense

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