O Jogo

“ATENTOS AOS DETALHES”

RUI VITÓRIA O treinador das águias não receia uma exibição similar à conseguida frente ao Portimonen­se, pois entende que a Liga dos Campeões “não tem nada a ver” com a portuguesa

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

Numa fase da época em que se vão suceder vários jogos em pouco tempo, o treinador dos encarnados garantiu não estar preocupado. “Queremos treinar menos e jogar mais”, afirmou

Para Rui Vitória, é muito importante começar a vencer na Liga dos Campeões, embora o técnico reconheça que vai enfrentar “uma equipa de qualidade”. Entrar a ganhar é essencial nesta fase da Champions? —Todos gostam de começar bem e todos os jogos são complicado­s neste nível. O mais importante é ficar nas duas primeiras posições do nosso grupo. Que análise faz a este CSKA Moscovo, equipa que ainda não perdeu fora? —É um adversário difícil, com resultados positivos fora de casa, muito bem definido num bloco de três defesas que passa a cinco, mais dois avançados móveis e três médios. O CSKA vai colocar-nos determinad­os desafios, mas estamos identifica­dos com eles. É uma equipa com um misto de veterania e irreverênc­ia, com muitos jogadores internacio­nais e de qualidade. Mas há coisas que podemos aproveitar e outras que nos podem condiciona­r. Temos de estar concentrad­os e atentos aos detalhes, pois todos fazem a diferença. Sente que a sua equipa terá de ser melhor do que foi contra o Portimonen­se? —É uma realidade diferente e não podemos pôr tudo no

Rui Vitória mesmo saco. O CSKA ganhou no terreno do último com dificuldad­es, o Basileia perdeu em casa, todas as equipas do nosso grupo sentiram dificuldad­es. Amanhã [hoje] iremos pôr em campo todas as nossas valências, mas sabendo que a Liga dos Campeões traz jogos e formas de jogar diferentes, que não têm nada a ver com o nosso campeonato. Temos capacidade para disputar a passagem com todas estas equipas. O atual plantel dá-lhe garantias para todas as competiçõe­s da época? —Quando fazemos um plantel, é para todas as provas. Este foi feito dentro das nossas possibilid­ades e da forma de pensar o jogo, por isso tem de estar pronto para todas as competiçõe­s. Claro que gostava de ter todos os jogadores disponívei­s e em plenas condições, mas quando não está um, nasce outro. O nosso plantel vai dar resposta. Pelos últimos anos a disputar a Liga dos Campeões, sente-se hoje um treinador melhor, pela experiênci­a ganha? —Estas vivências enriquecem-nos. Qualquer treinador aborda um jogo colocando as armas que tem em campo, mas o conhecimen­to que tem da competição dá-lhe sempre outra bagagem. Mas a experiênci­a só por si não garante nada. Esta é uma fase com muitos jogos para o Benfica. Quais são as prioridade­s? —É pela ordem cronológic­a: primeiro a Champions e depois pensamos nos seguintes. Qualquer jogo no Benfica é para ganhar. Gosto muito de jogar com três dias de intervalo, isso é um privilégio para clube, treinador e jogadores. Queremos treinar menos e jogar mais, e temos jogadores suficiente­s para dar respostas.

“Este plantel foi feito dentro das nossas possibilid­ades. Quando não está um, nasce outro” “O CSKA vai colocar-nos desafios, mas estamos identifica­dos com eles”

Treinador do Benfica

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