O Jogo

“CRITÉRIO DESIGUAL” EM CASA DO BENFICA

Mário Nunes, adjunto de Vítor Oliveira, questiona, com recurso a imagens, várias decisões da equipa de arbitragem, penálti incluído

- HÉLIO NASCIMENTO

O técnico admite fora de jogo no lance que daria o 2-2, mas põe em causa o penálti e outras faltas em que considera que a lei foi aplicada de modo diferente. A SAD deixa o assunto “para os sábios”

Mário Nunes, adjunto de Vítor Oliveira, voltou a frisar as incidência­s no jogo do Estádio da Luz, publicando um extenso “post” nas redes sociais em que admite a existência do fora de jogo no lance que daria o 2-2 aos algarvios, mas põe em causa a grande penalidade sobre Salvio e levanta uma série de interrogaç­ões a propósito de várias jogadas – publicadas num vídeo que junta às suas declaraçõe­s – em que o árbitro, no seu entender, aplica a lei de modo diferente, num critério alegadamen­te desigual e sempre a favor dos encarnados. Logo após a partida, Vítor Oliveira considerou ter havido “simulação de Salvio”, que “cava bem o penálti”, e sobre o videoárbit­ro sublinhou que “não está bem afinado” e que os seus critérios “não estão bem definidos”.

O comentário de Mário Nunes centra-se sobretudo no lance entre Hackman (expulsão direta) e Salvio e nas opiniões de ex-árbitros nos diferentes jornais desportivo­s: “Três ex-árbitros referem que se tratou de uma clara simulação do Salvio e outros três exárbitros concordam com a decisão da equipa de arbitragem, sendo que, destes três, um refere que o Salvio foi ‘empurrado pelas costas’, outro que foi ‘rasteirado’ e, finalmente, o terceiro diz que foi inicialmen­te tocado no pé esquerdo e de seguida sofreu um contacto nas costas que o desequilib­rou.” O técnico estranha, na circunstân­cia, “opiniões tão divergente­s” de quem devia ter “conhecimen­to acrescido na matéria”. Mário Nunes reporta-se a esta situação por ter tido “repercussã­o direta no resultado”, mas lembra que “o jogo teve muitas outras decisões que me parece interessan­te serem analisadas isoladamen­te (de

Mário Nunes forma isenta, desprovida­s dos emblemas das camisolas) e, posteriorm­ente, comparadas com outras decisões desta mesma equipa de arbitragem no mesmo jogo.” E fala, a terminar, nas “outras imagens em que os contactos, quer com os braços e/ou tronco, quer com os membros inferiores, foram interpreta­dos com um critério diferente.” Sobre o assunto, a SAD limita-se a uma simples frase: “Deixamos isso para os críticos e o julgamento para os sábios.”

“O jogo teve muitas outras decisões que me parece interessan­te serem analisadas isoladamen­te e, depois, comparadas”

Treinador adjunto do Portimonen­se

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