O Jogo

Hoffenheim: uma muralha que contra-ataca

BRAGA João Queirós, ex-arsenalist­a atualmente no Colónia, diz que o Hoffenheim impression­a pela “coesão defensiva” e no “contra-ataque”

- PEDRO ROCHA

João Queirós traça o perfil do primeiro adversário do Braga

“Quando recua os alas, o Hoffenheim joga com cinco defesas”

João Queirós

Central do Colónia

Em grande na Bundesliga, o Hoffenheim é um fenómeno “em cresciment­o” desde a época passada. “Tiveram mérito total na última vitória, porque o Bayern não facilitou”, sustenta João Queirós

Transferên­cia surpresa do Braga para o Colónia em julho, a troco de três milhões de euros, João Queirós tem absorvido tudo o que interessa sobre o futebol alemão e está bem identifica­do com o Hoffenheim, o primeiro adversário do Braga no Grupo C da Liga Europa. O internacio­nal sub19 português dá conta de uma equipa “muito compacta” e entende que já nem lhe serve o rótulo de sensação da Bundesliga, depois do quarto lugar na época passada. “Os jogadores conhecem-se muito bem. Funcionam como se fossem dirigidos por um único cérebro. Jogam com três defesas, mas quando o adversário está na posse de bola recuam os alas e depressa apresentam cinco unidades. Formam uma grande muralha na defesa; depois, são muito fortes no contraataq­ue. Estão a crescer cada vez mais e isso já vem da época passada. Não é só pela recente vitória sobre o Bayern que estão a ser muito falados na Alemanha”, assinala.

O recente triunfo sobre o campeão germânico serviu, no entanto, para desfazer eventuais dúvidas sobre o poderio do Hoffenheim, que, à terceira jornada, partilha o cume da classifica­ção com Borússia Dortmund e Hannover, todos com sete pontos. “Tiveram mérito total, porque o Bayern continua a ser uma equipa fortíssima e não facilitou nesse jogo”, sublinha o jovem central, recomendan­do uma boa dose de “paciência” aos jogadores arsenalist­as. Os “espaços” para desequilib­rar serão “raros” e o histórico de jogos com equipas alemãs também não é nada famoso para o Braga, mas João Queirós apostanumb­omresultad­o.“O Braga tem qualidade para jogar olhos nos olhos com qualquer adversário e pode surpreende­r. Estou certo de que vão dar tudo na Alemanha, não jogarão para o empate”, estima. Treinado por Abel Ferreira na equipa B entre 2015 e 2017, o defesa refere que o treinador “sabe motivar como poucos” os jogadores para encontros de elevadacom­petitivida­deenão poupa nos elogios a Xadas, excompanhe­iro nos juniores do Braga. “Sempre teve uma qualidade tremenda. Notava-se que ia chegar longe e não vai ficar por aqui”, garante.

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Amiri e Dennis Geiger, do Hoffenheim, travam Thomas Mueller; o adversário do Braga venceria o Bayern, por 2-0
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