O Jogo

Rincón e o futebol na rede de “Narcos”

Uma das séries mais aclamadas e premiadas, que conta com um português no elenco, tem ligação real aos relvados

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Freddy Rincón – exinternac­ional colombiano e pai de Sebastián Rincón, jogador do V. Guimarães – recordou a passagem pelo América de Cali quando o dono era um dos protagonis­tas do cartel de droga

“Narcos”, série sobre os barões da droga colombiano­s e que é uma das mais aclamadas pela crítica, retrata na terceira temporada o cartel de Cali, que sobressaiu depois da morte do protagonis­ta das duas primeiras temporadas: Pablo Escobar. A ligação ao futebol fez-se pela via do Améri- ca, clube alegadamen­te usado para lavagem de dinheiro e que estava nas mãos do barão de Cali, Rodriguez Orejuela. Freddy Rincón, ex-internacio­nal colombiano, defendia o emblema na altura e lembrou esses tempos em declaraçõe­s à Fox Sports. “Ele era o dono e nós os jogadores. O patrão mandava, nós obedecíamo­s. Sempre nos habituamos a respeitar quem manda”, contou, recordando que a sua transferên­cia foi sucessivam­ente bloqueada: “Pedia para sair, mas não deixavam. Mas foi ele quem depois aceitou a proposta do Palmeiras, o que “Nós, os jogadores, nunca fomos incomodado­s ou ameaçados; nunca houve problemas” Freddy Rincón até me surpreende­u.”

Rincón lembrou a história a propósito de “Narcos”, que tem o ator português Pepe Rapazote na terceira temporada, mas confessou que não é fã da série. “Não vejo. Uma coisa é a realidade, mas que te conheçam por isso é terrível. Chateia-me porque a Colômbia não é só narcotráfi­co. Nós, os jogadores, nunca fomos incomodado­s ou ameaçados; nunca houve problemas com o narcotráfi­co”, vincou Rincón, pai de Sebástian Rincón, que esta jornada brilhou em Guimarães ao marcar o golo da vitória sobre o Boavista.

Ex-jogador do América de Cali

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