“A equipa deu a volta a tudo”
Luís Duarte, selecionador nacional sub-20, despede-se do cargo com o tri no Mundial
Em 2009, Luís Duarte deu seguimento ao título europeu sub-20 do ano anterior e depois conquistou mais quatro. Em Mundiais, foi tricampeão. Com ele, Portugal só conheceu o sabor da vitória
Luís Duarte coloca um ponto final numa ligação de oito anos à Federação de Patinagem de Portugal (FPP) para assumir o comando técnico do Paço de Arcos, 11.º classificado em 2017/18. O treinador, de 46 anos, deixa a FPP depois de cinco títulos europeus e três mundiais. Este tri foi conseguido, na China, nos World Roller Games (WRG), um campeonato que Luís Duarte considerou “muito complicado”. “Foi uma culturadiferente,comidamuito diferente – atletas com problemas digestivos –, fuso horário, transfers caóticos – chegámos a estar uma hora à espera do autocarro –, horários de jogos alterados na véspera, a nível de público foi uma desilusão, mas a equipa deu a volta a tudo e ganhou”, resumiu o selecionador dos juniores que criou relações de amizade com os seus atletas: “Ao longo de oito anos, todos os jogadores me marcaram e fizeram de mim melhor treinador. Sozinho não faço nada. Fica a união e a ambição dos atletas, a colaboração de algumas pessoas do staff, a humildade e o rigor. Saio com a consciência de que dei o meu melhor.” Por ele, passaram “jogadores que estão agora na Seleção A, como Rafa, Henrique Magalhães, Hélder Nunes e Gonçalo Alves”. Luís Duarte olha para os sub-20 e vê “qualidade e futuro”.
Luís Duarte “Estão a chegar grandes valores à equipa principal e temos qualidade para vencer nos próximos cinco/dez anos”, avançou. Despedindo-se a ganhar,LuísDuartequeencarou a primeira edição dos WRG como mais uma experiência, mas não deixou de anotar: “Contesto o facto de jogarmos de sábado a sexta sem uma pausa para ver outras modalidades. Sugiro que FIRS [Federação Internacional de Patinagem] pense nesta interação. Estranhei que a cerimónia de abertura tenha sido no dia seguinte à final dos sub-20. Acho que o hóquei em patins não saiu valorizado: vi bancadas vazias e, na cerimónia de abertura, vi crianças de patins em linha. Barcelona tem tudo para ser diferente.”