O Jogo

“Não gostei de ver o Aboubakar mas não há caso”

Onda azul: quase quatro Conde mil portistas em Vila do

- CARLOS GOUVEIA

Compromiss­o do camaronês é total, garante o treinador. A azia da derrota com o Besiktas já passou, mas esse jogo até serviu para crescer. Em Vila do Conde, o FC Porto tem de assumir responsabi­lidades

Está tudo bem com Aboubak ar. A garantia foi dad apor Sérgio Conceição que, admitiu, não gostou de ver os sorrisos do avançado no balneário do Besiktas após a derrota europeia. Porém, não faz disso um caso. O plantel entendeu a visita do jogador aos ex-companheir­os e o treinador também. Por isso, o camaronês será titular esta tarde em Vila do Conde, num jogo perante um rival que tem “uma ideia de jogo de equipa grande”, mas onde o FC Porto espera manter o percurso imaculado no campeonato.

O episódio com Aboubakar está ultrapassa­do?

—O Aboubakar treinou bem, está bem... Quando chego a casa e o resultado foi menos bom, tenho dificuldad­e em aceitar um sorriso dos meus filhos. Tenho este feitio e não tenho culpa disso. Obviamente que não gostei do vídeo daqueles segundos do Aboubakar no balneário do Besiktas, mas temos que ver em que contexto foi. No dia seguinte quando falei aos jogadores, eles foram os primeiros a aceitar e a compreende­r um gesto inocente. Não é mais do que isso. Não duvidemos do compromiss­o e do envolvimen­to do Aboubakar. Os números falam por si. Não vamos fazer um caso onde ele não existe.

Este desaire serviu para melhorar alguma coisa?

—Mesmo que tivesse ganho há sempre coisas a melhorar. Queremos sempre andar próximos da perfeição. Sabemos que houve muita coisa que não correu bem, mas trabalhamo­s em cima desses erros para melhorar e não repetir.

O que espera do jogo com o Rio Ave?

—É mais um jogo difícil, contra uma boa equipa, que tem uma ideia de jogo muito bem definida e que criou problemas a um dos nossos rivais [Benfica]. Será mais uma etapa que vamos ter de ultrapassa­r e ganhar.

Que impacto a derrota com o Besiktas poderá ter na visita a Vila do Conde?

—O impacto é o de uma derrota que já passou. Neste momento, o nosso foco e atenção está no Rio Ave, aproveitan­do para trabalhar alguns dos erros cometidos. Obviamente que fico com uma azia dos diabos porque não gosto de perder, nem a feijões. Mas isso faz parte do trajeto das equipas, não há equipas imaculadas, há sempre um momento em que pode acontecer um resultado menos bom. Não quero dar muito peso a isso porque é passado e o importante é o presente e o futuro.

O Rio Ave colocou dificuldad­es e empatou com Benfica. Esse jogo serviu de base de trabalho?

—Analisámos todos os jogos que o Rio Ave fez e esse foi um deles. Tem uma ideia muito pensada naquilo que tem de fazer e não no que o adversário possa fazer. Ou seja, tem ideia de jogo de equipa grande. O Miguel Cardoso saberá qual a organizaçã­o defensiva e ofensiva em todos os momentos do jogo e encontrar o equilíbrio que tem de ter. E tem jogadores de qualidade para essa dinâmica. Cabe-nos contrariar isso, mas somos o FC Porto e temos de assumir as responsabi­lidades e somos favoritos. Na nossa cabeça, temos é de pensar na nossa ideia de jogo, chegar a Vila do Conde e ganhar.

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal