PORTUGAL EM APUROS E COM FALTA DE SORTE
Após a derrota em cinco sets no par com a Alemanha, seleção está a perder (1-2) e tem de ganhar os dois singulares para subir ao Grupo Mundial
A série de 16 eliminatórias em terra batida sem perder em casa na Taça Davis está em risco de ser interrompida. A equipa portuguesa cedeu ontem num encontro de pares que comandou por dois sets a um
É preciso recuar ao ano de 2005 para se registar uma “remontada” de Portugal no último dia de uma ronda da Taça Davis que teve de encarar com a desvantagem de 1-2. Aconteceu com a Argélia, também no Jamor, mas desta vez a reviravolta afigura-se bem mais complicada, tendo em conta a motivação de uma Alemanha que, mesmo sem os três melhores jogadores, “só” tem de vencer um dos dois singulares de hoje para se manter no Grupo Mundial.
O sonho de aS eleção Nacionalconseguir um inédito acesso à I Divisão da Taça Davis continua vivo, mas exige que João Sousa (57.º ATP) e Pedro Sousa (107.º), respetivamente, se transcendam face a JanLennard struff (54.º) e CedrikMarcel Stebe (90.º). Estes são os encontros que estão previstos, mas João Sousa revelou-se ontem convencido de que os alemães irão apostar em Yannick Hanfmann (136.º), que seria assim o adversário do vimaranense. Algo que faz sentido, pois Struff deu ontem sinais de fadiga e, ao contrário de Portugal, que está proibido de perder, os germânicos ainda têm uma certa margem de manobra na resolução da eliminatória.
O encontro de pares foi mais emocionante do que propriamente um espetáculo de gala que a variante “parente pobre” muitas vezes proporciona. Os portugueses podem queixar-se de alguma falta de sorte naquelas alturas em que um pequeno detalhe pode fazer uma grande diferença. João Sousa e Gastão Elias perderam frente a Jan-Lennard Struffe ao estreante TimPuetz (30 anos), por 2-6, 6-4, 7-6 (7/5), 4-6 e 4-6, em 3h37. A dupla alemã preparou a eliminatória jogando o campeonato alemão de clubes e vencendo, há uma semana, o challenger ATP de Génova – e aproveitou o surpreendente nível exibicional de Puetz, que disse ter agarrado a oportunidade como uma “motivação extra”. Por outro lado, Struff, do alto dos seu 1m96, foi muitas vezes uma muralha junto à rede, para além de possuir um potente serviço, chegando a registar os 221 km/h como melhor marca.