O Jogo

Sérgio Conceição: “Não nos pomos em bicos de pés”

ÓIiver, Corona e Soares no banco Alex Telles e André André lesionados

- Textos ANDRÉ MORAIS

Mano a mano com o Sporting no topo e o Benfica já a cinco pontos. O FC Porto demorou 45 minutos a acordar, mas marcou no recomeço e andou sempre por cima. Rio Ave quis partir o jogo e ficou feito em cacos Depois do pior resultado da temporada – derrota 1-3 com o Besiktas – o FC Porto demorou muito tempo paras ereencontr­arn aprova queéa grande prioridade da época e contra um adversário que, mesmo sendo mais forte do que várias outras equipas da Liga, está a anos-luz dos dragões em matéria de qualidade individual. Foi essa que mais condiciono­u e fez a diferença no jogo, em especial a dificuldad­e que a equipa da casa sentiu para jogar quando o FC Porto acertou, coletivame­nte, com o tempo da pressão. Demorou mais de 45 minutos.

A ressaca da primeira derrota da época ainda pesava e o FC Porto passou a primeira parte a tentar levantar-se. O melhor lance dessa fase foi uma bola ao ferro de Marega e o sinal mais foi sempre dos dragões, mas isso não significa propriamen­te que haja mais a reter do que a concentraç­ão defensiva, de resto praticamen­te sempre presente. Como o Rio Ave também não estava em dia particular­mente inspirado, saltamos os primeiros 45 minutos para nos fixarmos no que tem, de facto, uma história para contar mais refinada do que uns quantos pontapés para o ar e, possivelme­nte, recorde de passes falhados para FC Porto e Rio Ave na temporada que corre.

Ao contrário do que é habitual, os azuis e brancos até regressara­m do intervalo primeiro do que o adversário. Pressa para resolver? Claramente. Aboubakar deu o primeiro sinal logo no primeiro minuto após o recomeço. O FC Porto continuou a carregar e os vila-condenses tinham dificuldad­e no primeiro toque e em sair com critério pelo meio. Na sequência da pressão e das oportunida­des que se sucederam nesse período, Danilo acabaria porin augurar o marcadora póscant ode Al ex Telles. Foi o comprimido decisivo para que a ressaca se fosse de vez. E o jogo mudou completame­nte, também por culpa do Rio Ave, que entendeu ser altura imediata de o partir e dividir, mas ficou muito mais à mercê do 0-2 do que propriamen­te do empate. E assim foi. Os dragões tiveram uma série de lances de ataque em igualdade ou superiorid­ade numérica para com a defesa vila-condense e, depois de alguns falhanços, Marega lá encontrou forma de fazer o 0-2, após excelente jogada de Brahimi.

O segundo golo dos portistas não mudou propriamen­te o rumo do jogo. Leandrinho já nem andava e Rúben Ribeiro, o melhor com bola, já estava como avançado. Sérgio Conceição foi lesto a ler o jogo e, sem alterar o sistema, deu à equipa mais consistênc­ia, com Maxi como lateral-direito e Ricardo na ala, encostando Marega a Soares para que as transições não se perdessem, tendo em conta que o Rio Ave teimava em manter uma cratera no meio, que Danilo e Herrera controlava­m com facilidade. Com o que o treinador do FC Porto não contava era com a lesão de Alex Telles. Na hora da substituiç­ão, a equipa desposicio­nou-se e o Rio Ave fez o 1-2. Casillas encerrou a série do campeonato em 530 minutos de imbatibili­dade e a equipa tremeu ligeiramen­te, porque um jogo que corria de forma simples poderia acabar por complicar-se. O Rio Ave não conseguiu, porém, incomodar na reta final e o FC Porto, mesmo pressionad­o, soube ter a bola em an tê-la longe da zona queim portava proteger. O triunfo foi mais fácil do que os números fazem supor. Mas não teve o brilhantis­mo de outros jogos…

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Ricardo e Bruno Teles travaram um duelo intenso
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