O Jogo

Tiago Caeiro desfez o nó

O jogo foi resolvido por um especialis­ta em saltar do banco de suplentes para transforma­r por completo encontros que parecem mortos em espetáculo­s cheios de vida

- RODRIGO CORTEZ

Depois do 1-0 ao Marítimo na segunda jornada, esta foi a segunda vitória do Belenenses na Liga, após um jogo em que atirou três bolas aos ferros da baliza estorilist­a

Nos últimos anos, a históriave­m-serepetind­o.Háum homem que passa o jogo quase todo sentado no banco e que, quando entram em desespero, os treinadore­s se lembram de colocar em campo nos minutos finais, para ver no que dá. E às vezes dá mesmo. Muitas. Ontem, por exemplo, Tiago Caeiro só precisou de um minuto e pouco para dar a volta ao encontro por completo, ele que, aos 33 anos, continua a ser um dos maiores especialis­tas em transforma­r jogos mortos em espetáculo­s cheios de vida. Esta partida frente ao Estoril ameaçava acabar como tinha começado, num aborrecedo­r nulo, mas graças a um golo e à ação decisiva no outro, Caeiro proporcion­ou aos azuis a segunda vitória na Liga.

A primeira parte tinha sido disputada quase a passo. Ninguém queria arriscar, os jogadores pouco corriam para não se desorganiz­arem e abrirem espaços à equipa adversária. Mesmo assim, de bola parada (claro),surgiramdu­asocasiões para cada equipa. O Belenenses atirou duas vezes à barra, primeiro por Gonçalo Silva, de cabeça num canto, e depois por Maurides, na sequência de um livre cruzado para a área. Quanto ao Estoril, teve um bom remate de Kléber para enorme defesa de Muriel e um livre de Eduardo que por pouco não foi desviado.

Depois do lume brando na primeira etapa, a chama foi aumentando aos poucos na segunda. Até que o homem dos golos decisivos entrou em campo, posicionou-se entre os centrais, deu cabo dos rins a Halliche com uma finta de corpo e atirou cruzado para o fundo das redes à saída de Moreira. Dez minutos depois lutou com Moreira nas alturas, permitindo que a bola sobrasse para André Sousa fazer o segundo, num gigante chapéu.

O Estoril parecia acabado, mas finalmente reuniu forças para correr como nunca. Obteve um golo, num remate de Kléber aos 90’+4’, e a verdade é que só não saiu do Estádio do Restelo com um empate porque, pouco antes, um voo de Muriel evitara a festa a Matheus Índio.

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O central Gonçalo Silva e o avançado Tiago Caeiro festejam o primeiro golo

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