O Jogo

AO COLO DE JONAS

Águias estão mais dependente­s do que os adversário­s

- MARCO GONÇALVES

Marcou 47% dos golos Aboubakar: 33% Bruno Fernandes: 26%

O registo supera os inícios de época de 2014/15 e 2015/16, nas quais tinha sete golos em oito partidas. E se Jonas tem 27 por cento de eficácia no remate, o Benfica tem, sem ele, apenas nove por cento

O Benfica vive um momento complicado, fruto das duas derrotas consecutiv­as e dos cinco pontos já de atraso para FC Porto e Sporting, mas tem contado até com um Jonas em alta e que tem sido essencial na equipa. Isto porque o internacio­nal brasileiro está a realizar o melhor arranque de temporada da carreira, pois nunca tinha atingido os primeiros oito jogos com oito golos – o melhor eram os sete golos marcados em 2014/15 e 2015/16, sendo que no Brasil o melhor desempenho era a marca de cinco golos. Certeiro e eficaz, o camisola 10 vale nesta fase 47 por cento dos golos do campeão nacional, pois marcou oito dos 17 alcançados até agora pelo conjunto comandado por Rui Vitória.

Jonasigual­amesmoamel­hor eficácia desde que o atual técnico chegou à Luz, pois obteve os seus oito golos em 30 remates (27 por cento de eficácia), percentage­m semelhante à de 2015/16, em que fez sete golos em 26 tentativas, e superando os 22 por cento de 2016/17 (quatro golos em 18 disparos). O peso do avançado no rendimento ofensivo das águias é de tal forma enorme que, se excluirmos os seus remates, o Benfica contabiliz­a nove golos em 96 tentativas, ou seja, apenas nove por cento de eficácia; valor que sobe para os 13 por cento se incluirmos então as vezes em que Jonas procurou colocar a bola no fundo da baliza dos adversário­s.

Até agora, em oito desafios disputados, o atacante ficou em branco apenas por duas vezes, diante de Chaves (partida que o Benfica venceu nos descontos, fruto de um golo de Seferovic) e CSKA Moscovo (derrota por 2-1, também com golo do internacio­nal suíço). Mas Rui Vitória até se pode “queixar” da eficácia de Jonas ante o Boavista. O desafio da sexta jornada foi aquele em que o camisola 10 mais rematou – tem-se assumindo regularmen­te como o mais rematador das águias e até dos jogos –, atirando por sete vezes para apenas um golo, terminando assim com uma eficácia de 14 por cento, a mais baixa nas partidas em que marcou, longe dos 75 por cento registados ante o Belenenses, 50 por cento diante do V. Guimarães e 33 por cento alcançados diante de Braga e Chaves. Na antevisão da visita ao Bessa, Rui Vitória prometeu que a eficácia da equipa iria aumentar, mas a verdade é que as águias acabaram por não passar dos sete por cento, a segunda pior, a par do registo ante o Chaves e apenas melhor do que os quatro por cento do embate com o CSKA Moscovo.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal