O Jogo

Ao ritmo de Davidson

Não foi tão difícil a vitória de ontem como Luís Castro julgara, porque teve a ajuda do Moreirense que se desligou cedo do jogo

- CRISTINA AGUIAR

“Estávamos muito pressionad­os pela classifica­ção, mas demos uma resposta muito positiva. Espero que este resultado nos traga maior tranquilid­ade”

Luís Castro

Treinador do Chaves “Quero dar os parabéns ao Chaves pela vitória justa. Tínhamos o mesmo plano do jogo com o Estoril, mas desta vez não resultou”

Manuel Machado

Treinador do Moreirense

Primeira vitória do Chaves permite-lhe ultrapassa­r o Aves, por diferença de golos, e deixar a última posição. O Moreirense discutiu o jogo apenas nos minutos iniciais

Luís Castro já pode respirar de alívio e encarar os desafios seguintes com mais serenidade. A vitória de ontem tirou o Chaves do último lugar, à sexta jornada, com um resultado robusto, merecido e que pouco atiçou o Moreirense paraumares­postafirme.Aliás, a equipa de Manuel Machado foi-se tornando submissa à medida que os flavienses ganhavam confiança ofensiva e se iam libertando da ansiedade com que entraram.

A necessidad­e de pontos não aguçou o engenho, pelo contrário, exacerbou a pressa do Chaves em querer resolver uma questão que acabaria por ser simplifica­da pelos visitantes. Algo de estranho se apoderou da vontade do Moreirense, depois de ter tido uns dez minutos iniciais de discussão que fez prenunciar um jogo animado. Esta promessa, afinal, nunca viria a concretiza­rseeficari­airremedia­velmente perdida na segunda parte, face à rápida sequência com que o Chaves dilatou a vantagem.

O momento era difícil para os locais e deu para perceber que os jogadores acusavam essa pressão, pela ansiedade com que corriam em direção à baliza de Jhonatan. Um estado emocional de que o Moreirense nunca soube tirar proveito.

Do outro lado do campo, Davidson marcava o compasso e exigia atenção redobrada da defesa. E foi tão persistent­e que acabou por desorienta­r Mohamed Aberhoun, no lance que o árbitro João Pinheiro decidiu penálti, após consultar o videoárbit­ro e analisar ele mesmo as imagens.

O Chaves foi para o intervalo com 1-0, que tanto procurou e fez questão de fortalecer nasegundap­arte.ManuelMach­ado reajustou a equipa, ao lançar Ângelo Neto, e lá viu alguns efeitos: o primeiro remate perigoso, por Cádiz, aos 61’. Num ápice, o Chaves quebrou a defesa do Moreirense, já muito frágil, com o golo de Bressan e logo de rajada o de William.

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Apesar de não ter marcado, Davidson fez uma grande exibição e foi decisivo nos três golos do Chaves

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