Ao ritmo de Davidson
Não foi tão difícil a vitória de ontem como Luís Castro julgara, porque teve a ajuda do Moreirense que se desligou cedo do jogo
“Estávamos muito pressionados pela classificação, mas demos uma resposta muito positiva. Espero que este resultado nos traga maior tranquilidade”
Luís Castro
Treinador do Chaves “Quero dar os parabéns ao Chaves pela vitória justa. Tínhamos o mesmo plano do jogo com o Estoril, mas desta vez não resultou”
Manuel Machado
Treinador do Moreirense
Primeira vitória do Chaves permite-lhe ultrapassar o Aves, por diferença de golos, e deixar a última posição. O Moreirense discutiu o jogo apenas nos minutos iniciais
Luís Castro já pode respirar de alívio e encarar os desafios seguintes com mais serenidade. A vitória de ontem tirou o Chaves do último lugar, à sexta jornada, com um resultado robusto, merecido e que pouco atiçou o Moreirense paraumarespostafirme.Aliás, a equipa de Manuel Machado foi-se tornando submissa à medida que os flavienses ganhavam confiança ofensiva e se iam libertando da ansiedade com que entraram.
A necessidade de pontos não aguçou o engenho, pelo contrário, exacerbou a pressa do Chaves em querer resolver uma questão que acabaria por ser simplificada pelos visitantes. Algo de estranho se apoderou da vontade do Moreirense, depois de ter tido uns dez minutos iniciais de discussão que fez prenunciar um jogo animado. Esta promessa, afinal, nunca viria a concretizarseeficariairremediavelmente perdida na segunda parte, face à rápida sequência com que o Chaves dilatou a vantagem.
O momento era difícil para os locais e deu para perceber que os jogadores acusavam essa pressão, pela ansiedade com que corriam em direção à baliza de Jhonatan. Um estado emocional de que o Moreirense nunca soube tirar proveito.
Do outro lado do campo, Davidson marcava o compasso e exigia atenção redobrada da defesa. E foi tão persistente que acabou por desorientar Mohamed Aberhoun, no lance que o árbitro João Pinheiro decidiu penálti, após consultar o videoárbitro e analisar ele mesmo as imagens.
O Chaves foi para o intervalo com 1-0, que tanto procurou e fez questão de fortalecer nasegundaparte.ManuelMachado reajustou a equipa, ao lançar Ângelo Neto, e lá viu alguns efeitos: o primeiro remate perigoso, por Cádiz, aos 61’. Num ápice, o Chaves quebrou a defesa do Moreirense, já muito frágil, com o golo de Bressan e logo de rajada o de William.