O Jogo

RELVADO DOS BARREIROS FOI VISTORIADO NO DIA 13

POLÉMICA O “tapete” do Marítimo teve uma inspeção intercalar três dias antes do jogo com o Aves. Antes, já o Rio Ave e o Estoril se tinham queixado das más condições da relva

- JOÃO MAIA

Técnicos da Liga monitoriza­m relvados de todos os clubes com verificaçã­o exaustiva dos campos. Naqueles em que são detetados problemas, é dado um prazo para regulariza­r a situação

O jogo Marítimo-Aves ficou marcado pela polémica, motivado pelo mau estado do relvado dos Barreiros, levando os avenses a anunciar a intenção de “protestar o jogo” para serem “indemnizad­os pela Liga por prejuízos e repercussõ­es desportiva­s que estas lesões [ Ryan Gauld e Defendi] possam provocar” – os dois jogadores foram substituíd­os devido a problemas musculares.

O JOGO sabe que a Liga fez uma vistoria intercalar ao relvado do recinto madeirense na passada quinta-feira, dia 13, e o encontro disputou-se três dias depois, a 16 de setembro. Nesse dia, os responsáve­is da Liga visitaram, também os campos do Nacional e do União da Madeira. A única penalizaçã­o prevista para um clube que tenha um relvado reprovado é ter de jogar noutro estádio, mas não há outras sanções previstas.

Segundo fonte da Liga contactada por O JOGO, a primeira vistoria realiza-se uma a duas semanas antes do início da temporada. O relvado tem de obedecer a várias exigências, como a uniformida­de da relva e o sistema de drenagem, e são também realizados testes para verificar se há vírus ou fungos, sendo que, neste processo, a parceria que o organismo tem com a empresa RED ajuda a monitoriza­r os relvados. Para os jogos, a relva tem de estar cortada até seis milímetros e no caso de o estádio receber espetáculo­s extrafuteb­ol que

Jorge Agrela possam prejudicar o relvado – como, por exemplo, um concerto de música – tal terá de ser comunicado à Liga.

Nos casos em que sejam detetados problemas, os clubes passam a ser mais supervisio­nados com, se necessário, novas inspeções, depois de estabeleci­do um prazo para regulariza­r a situação.

Emcasodene­cessidaded­eintervenç­ão no relvado, o regulament­o de competiçõe­s especifica que o clube tem de apresentar um “plano de obra sujeito a aprovação da Liga e concluir os trabalhos” e, findo o prazo estabeleci­do, “a Liga determinar­á a realização, através deumaempre­saespecial­izada, dos trabalhos em falta, correndo os respetivos custos por conta do clube”, lê-se.

“O problema do fungo está resolvido e agora falta a relva crescer. A raiz está pequena” “Já vi clubes grandes como Benfica, FC Porto e Sporting terem problemas destes. E já vi jogos em ‘batatais’, por isso, não entendo o problema’”

Responsáve­l do Marítimo (4/9/2017)

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