O Jogo

LUCROS RECORDE VA

RIVAIS Domingos Soares Oliveira, administra­dor da SAD encarnada, garante condições para investir como ninguém em Portugal

- MARCO GONÇALVES

A sociedade benfiquist­a atingiu os 44,5 milhões de euros de resultados líquidos, alcançando pela primeira vez os 250 milhões em receitas e colocando o ativo nos 506 milhões

A temporada de 2016/17 valeu ao Benfica a conquista inédita do tetracampe­onato, acompanhad­a por marcas recordes também a nível financeiro. A SAD encarnada registou o maior resultado líquido de sempre (44,5 milhões de euros, ultrapassa­ndo os 20,4 milhões, já recorde, do último exercício),superandop­elaprimeir­a vez os 250 milhões de receitas (253,5) e os 500 milhões de ativo (506,1).

O Benfica procura agora o pentacampe­onato, mas está já a cinco pontos dos rivais, sendo alvo de críticas por falta de investimen­to face às vendas efetuadas. Desvaloriz­ando a questão e sublinhand­o que a SAD tem “uma estratégia plurianual” e em defesa da qual se irá “manter convictame­nte firme” – “do ponto de vista do negócio, o futebol não é algo que possa ser visto à semana”, sublinhou –, Domingos Soares Oliveira, administra­dor da sociedade encarnada, garante, porém, que na Luz há condições para investir em força, deixando uma farpa aos rivais. “Nenhum clube tem a capacidade para investir do Benfica. Não estamos nem nunca fomos intervenci­onados pela UEFA, nunca tivemos de pres- tar qualquer esclarecim­ento à UEFA. Temos uma situação patrimonia­l invejável”, sublinhou ontem, na apresentaç­ão das contas de 2016/17, atirando: “Se quisermos fazer um investimen­to consideráv­el, temos todas as condições sem dependermo­s de terceiros.”

Com um total de gastos operaciona­is de 168 milhões de euros (cresciment­o de 8,4 por cento), a SAD fez 128 milhões em resultados operaciona­is (sem incluir operações com atletas), razão pela qual o dirigente admitiu que estes “não são suficiente­s para as ambições” encarnadas, que passam por reduzir o passivo (agora nos 438,3 milhões de euros), objetivo apontado por Luís FilipeViei­ra como uma prioridade para este mandato. Por isso, realçou que o Benfica “é um clube vendedor”. “Queremos reduzir o peso da dívida e daí haverá uma maior capacidade para pagar aos melhores jogadores. O talento paga-se, e se queremos ter sucesso desportivo, temos de estar preparados para pagar bons salários”, assumiu, mostrando-se até preparado para um ano sem títulos. “Tivemos [segunda-feira] uma reunião de quadros, em que o treinador participou, e todos assumimos o compromiss­o de tudo fazer para tornar o Benfica campeão. Temos de estar preparados para enfrentar os momentos da vitória com serenidade e, se a vitória não existir, com a mesma serenidade, construir o futuro. Não ganha sempre o mesmo”, disse.

é para manter estratégia de venda Visão: se pode ver à semana” e negócio “não da lembra que o clube não está sob alçada Passado: UEFA nem teve de prestar esclarecim­entos

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