Avançado e central foram pedidos negados
MERCADO Treinador também abriu as portas a um médio, mas sem a mesma necessidade das outras posições
Sérgio Conceição queria opções de qualidade e ter liberdade para usar Marega na ala se assim o entendesse. No centro, resta Diego Reyes, embora nos juniores haja um projeto para o futuro
Sérgio Conceição sublinhou a esperança de ter reforços ainda antes de o mercado fechar e, já depois de 31 de agosto, repetiu que gostava de ter visto chegar dois a três jogadores e que estes lhe dariam jeito para atacar as quatro provas em que o FC Porto está envolvido: Liga, Champions, Taça de Portugal e Taça da Liga. As questões financeiras inerentes às restrições impostas pela UEFA pelo fair play financeiro não cumprido anteriormente impediram a SAD de satisfazer a vontade do treinador, que agora tem de se virar para a equipa B para encontrar soluções que possam entrar no grupo principal na fase de maior aperto. Conceição nunca disse que jogadores pediu nem sequer as posições que entendia serem de reforço obrigatório. O JOGO sabe que um avançado e um defesacentral eram as prioridades do treinador, que também gostava de receber um médio já formatado para o esquema tático implementado: o 4x4x2.
Para Conceição, era fundamental que os dragões tivessem mais um ponta de lança. Isto porque quem joga com dois avançados tem de ter um no banco e outro na reserva. O FC Porto não tem. E Sérgio Conceição queria também que Marega ficasse livre para poder jogar muitas vezes na ala, como sucedeu contra o Rio Ave. A questão do central era, também para o treinador, fundamental. Felipe e Marcanosãoim prescindíveis, Reyes é agora o suplente. Mas falta um quarto elemento, não só para efeitos de treino e gestão, mas também porque o mexicano nunca escondeu a vontade de sair para Espanha. Para o treinador, seria importante estar precavido e imune a qualquer situação do género. Da mesma forma, será um problema qualquer lesão grave que possa ocorrer no sector até dezembro. Jorge Fernan- des, da equipa B, tem treinado algumas vezes com a equipa principal e está na calha. Mas o maior projeto na posição que existe na formação até é um júnior, ainda que já titular na II Liga: Diogo Queirós.
Quanto ao médio, o que o FC Porto mais queria era Wendel, do Fluminense, uma das joias do atual futebol brasileiro e por quem o Fluminense já pedia, no mínimo, 12 milhões de euros. Com 20 anos, o jogador já ouviu Tite prometer-lhe a seleção principal do Brasil se mantiver o nível e isso só inflaciona o valor de mercado. O FC Porto não tinha muito tempo para o atacar e a falta de receitas dificultou o negócio. Entretanto apareceram alguns tubarões e o PSG atou o jogador num contrato para se confirmar em... janeiro.