Dragões à cabeça da Europa
São a equipa que mais duelos aéreos ganha nos principais campeonatos
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Bloco formado por Felipe, Marcano e Danilo está instruído para atacar a bola longa do adversário. Ação ajuda no asfixiamento pretendido por Conceição, que vê nos três as principais armas nas bolas paradas
O domínio do espaço aéreo em Portugal e na Europa está na posse do FC Porto. A taxa de sucesso dos dragões neste tipo de duelos pulveriza todas as equipas dos principais campeonatos europeus e até supera o próprio registo da última época (57%), na qual já tinham sido os melhores na liga portuguesa. Os quatro golos marcados de cabeça (em igualdade com o Tondela) são o dado mais visível desta preeminência, mas são apenas uma migalha no total de lances (72 de 115) ganhos pelo ar pelos azuis e brancos, que neste particular levam a melhor sobre o Manchester City (vence 60%), o Nápoles ou o Paris Saint-Germain (ambos 59%), entre outros. O Mónaco, próximo adversário dos dragões na Liga dos Campeões, já apontou seis golos de cabeça na Ligue 1 –é o único no Velho Continente que tem mais golos com esta partedocorpo,mas,paradoxalmente, revela algumas dificuldades nas ações aéreas, apresentando uma taxa de sucesso de apenas 49% nas primeiras seis jornadas da prova.
A superioridade do FC Porto nos duelos pelo ar assenta muito nas características dos jogadores, com destaque para os três pilares defensivos: Felipe (85%), Marcano (79%) e Danilo (71%). Os três são os portistas com maior taxa de sucesso neste tipo de lances, tirando partido das suas características, mas também porque a ideia de jogo de Sérgio Conceição obriga a que os disputem com bastante frequência. Tudo começa com a pressão que o treinador portista pede aos homens mais adiantados para realizarem na primeira fase de construção do adversário. Por jogarem recuados no terreno e não encontrarem forma de sair com a bola jogável, a solução passa quase sempre por esticar o jogo para o avançado, altura em que Felipe, Marcano e Danilo estão instruídos para a atacar, contribuindoparaos asfixiamento do opositor. De resto, a capacidade de impulsão dos três já permitiu ao espanhol e ao português festejarem esta época: o primeiro faturou com o Estoril e o segundo com o Rio Ave. Os outros dois tentos de cabeça surgiram por Aboubakar e Marega.