O Jogo

MIÚDOS EM ÉPOCA DE EXAMES

A “revolução” promovida por Fernando Santos para os dois jogos de preparação faz baixar a média de idades e a experiênci­a. Tudo a pensar em soluções para o futuro

- PEDRO RIBEIRO

Arábia Saudita (dia 10) e Estados Unidos (dia 14) vão servir para o selecionad­or analisar outras opções, precavendo-se para azares. O “sangue novo” é bem recebido pelos habituais, obrigados a aplicarem-se

Com onze caras novas na convocatór­ia para os particular­es com a Arábia Saudita (dia 10, em Viseu) e Estados Unidos (dia 14 em Leiria), Fernando Santos promoveu uma renovação tendo como termo de comparação a fase de qualificaç­ão, e sobretudo os dois últimos jogos com Andorra e Suíça, para o Campeonato do Mundo de 2018.

Além de promover as estreias absolutas em convocatór­ias da Seleção A de Edgar Ié, Ricardo Ferreira, Kévin Rodrigues, Rony Lopes e Gonçalo Paciência, o treinador de Portugalap­roveitouta­mbémpara chamar de volta à equipa nacional jovens como José Sá, Ricardo Pereira, João Cancelo, Rúben Neves e Bruma. E mesmo com o regresso do “veterano” Manuel Fernandes – o mais velho dos novos rostos, com 29 anos – a chamada de todos eles a este “exame préMundial” faz, como não podia deixar, baixar as médias de idades e internacio­nalizações da Seleção principal em quase três anos e 324 jogos, comparando os valores da atual lista com o onze base utilizado durante o apuramento para o Mundial (ver infografia­s ao lado). E, por exemplo, se Fernando Santos assim o entender, até pode apresentar uma equipa inicial com o máximo de partidas pela turma das Quinas a atingir as sete (ver campo ao lado).

A chegada destes “novos recrutas” é bem acolhida pelos jogadores que são presença habitual na Seleção e até é vista como uma forma de manter altos os níveis motivacion­ais tendo em vista a inclusão definitiva no lote dos 23 que vão defender os Campeões da Europa no próximo ano na Rússia. “Sabemos que há muitos jogadores novos nesta seleção e isso é uma motivação extra para toda a gente dar ainda mais”, realçou Bernardo Silva, garantindo que “todos são bem recebidos” e reforçando ser “bom poder contar com novas caras que possam ajudar”. “Vamos todos encarar estes jogos com o máximo de responsabi­lidade e queremos duas vitórias, obviamente”, observou ainda Bernardo Silva.

Outro dado a ter em conta é que o trabalho que está a ser desenvolvi­do nos escalões de formação dos diversos clubes e da própria Federação é uma salvaguard­a importante para os AA. Exemplo é a presença na atual lista dos convocados de nove jogadores que foram chamados regularmen­te aos sub-21 por Rui Jorge. São eles José Sá, Edgar Ié, Kévin Rodrigues, Rúben Neves, Bruno Fernandes, Rony Lopes, Bruma, Gonçalo Guedes e Gonçalo Paciência. Os “novos” que têm agora a oportunida­de de provar contra sauditas e norte-americanos merecerem uma oportunida­de e influencia­rem a decisão final.

“Há muitos jogadores novos nesta Seleção e isso é só uma motivação extra para toda a gente dar ainda mais” Bernardo Silva Jogador da Seleção

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