O Jogo

A nova luta que estimula Hope Solo

Afastada da seleção dos EUA, a guardarede­s investe na igualdade salarial e declara-se anti-Trump

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Também. na Web summit, Hope Solo, ex-guarda-redes da seleção norteameri­cana de futebol que foi excluída das convocatór­ias depois de algumas críticas que fez, abordou as questões das desigualda­desdegéner­o.”Ainda me mandam para a cozinha”, exemplific­ou, a propósito de comentário­s que diz receber em redes sociais. Já afastada da competição, Solo mantém-se ativa na luta por uma igualdade de tratamento e recompensa­s, que no caso do futebol norte-americano é ainda mais sensível. “Nós, as raparigas, demos lucro e os rapazes prejuízo”, lembrou, embora essa discrepânc­ia não se encontre refletida nos prémios/salários distribuíd­os nas respetivas seleções.

“Fui despedida por lutar pelos direitos e pelos salários semelhante­s aos dos homens. O que se passa hoje em dia é contra a lei norte-americana. Entrámos com um processo e ainda estamos à espera, porque o Trump nunca vai pressionar muito para que isto seja resolvido”,frisou,assumindos­e como opositora do atual presidente dos Estados Unidos.

A luta por igualdade salarial está na ordem do dia - ainda recentemen­te a Noruega decidiu que as recompensa­s nas duas seleções de futebol, masculina e feminina, serão iguais - e Hope Solo mostra-se otimista quanto ao desfecho dessa ambição, nem que para isso seja preciso radicaliza­r e avançar para uma greve. “Em todo o globo, as atletas estão a combater esse status quo”.

O afastament­o da seleção custou-lhe - “ainda era a melhor guarda-redes do mundo”, vincou - mas a norte-americana está agora focada nesta luta pela igualdade, apelando a “sacrifício­s”.

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