TRIBUNAL ARBITRAL DÁ RAZÃO À CODECITY
O tribunal considerou que o acordo parassocial assinado em 2012 já não está em vigor e, desta forma, o clube não pode recomprar a SAD como pretendia
Rui Pedro Soares lembrou que a equipa de futebol “tem sofrido muito” com este litígio: “O meu compromisso é dar alegrias aos adeptos e espero que não tenhamos adversários dentro do Restelo.”
A Direção do Belenenses, liderada por Patrick Morais de Carvalho, não pode recomprar a SAD. Esta foi a decisão do Tribunal Arbitral do Comércio de Lisboa, que considerou que o acordo parassocial, que permitiria o negócio, não está em vigor, dando razão à Codecity, empresa liderada por Rui Pedro Soares e acionista maioritária da SAD, que assim vai continuar a gerir o futebol profissional.
Para Rui Pedro Soares, este é o começo de uma nova era. “Foi decidido de forma clara e inequívoca que o acordo parassocial já não estava em vigor. Esperemos que esta decisão ponha fim a um processo que muito entristeceu os adeptos e que o presidente do clube perceba as consequências da sua estratégia e dê o assunto por encerrado. Vamos agora virar a página”, apontou o presidente da SAD belenense em conferência de Imprensa.
Os advogados Carlos Soares e Natacha Soares explicaram em seguida que “esta decisão não é passível de recurso, embora possa ser anulada”. “Isso só seria possível se não fossem ouvidas todas as partes, o que não aconteceu”, elucidaram, acrescentando que “foi uma decisão unânime por parte dos três árbitros que constituíam o Tribunal Arbitral”.
Com esta questão decidida, Rui Pedro Soares gostaria que houvesse uma boa relação com o clube, mas acha improvável que tal seja possível com Patrick Morais de Carvalho na presidência. “Há um conflito do presidente do clube com a SAD, com a equipa, como se verificou na questão do não adiamento do jogo com o Tondela, com o maior credor do clube e também com a empresa que geria o bingo do Belenenses...”, atirou.