O Jogo

“As portas estão abertas”

Central acredita que ainda há espaço para entradas de jogadores que falharam a qualificaç­ão

- RODRIGO CORTEZ

Aos 36 anos, o defesa do Tondela confessa-se pronto para participar no quarto campeonato mundial consecutiv­o, como também deverá acontecer com Cristiano Ronaldo, por exemplo

Ricardo Costa é o exemplo a seguir pelos 14 elementos desta convocatór­ia que não jogaram na fase de apuramento. Em três dos quatro grandes torneios em que participou, o central do Tondela não “calçou” nos jogos oficiais anteriores. O Ricardo deve ser caso único no mundo, uma vez que esteve em três fases finais sem jogar nas qualificaç­ões. Como explica isso? —Não tinha isso presente. Sei que estive em três fases finais de Mundiais e uma de Europeu. É possível. É a prova viva de que, mesmo não jogando nas qualificaç­ões, deve-se manter a esperança... —Claro. Isso agora até pode acontecer com alguns, como o Manuel Fernandes, por exemplo. Fernando Santos tem o grupo quase fechado, mas as portas estarão sempre abertas. Pode sempre haver alguma lesão... —Sim. E ainda falta muito tempo. Todos têm de estar preparados e, nomeadamen­te agora, têm de mostrar qualidade contra a Arábia Saudita e os Estados Unidos.

Tem esperança de voltar? —Gostava muito. Seria acabar a carreira em beleza, um sonho que gostaria de concretiza­r. Portugal está bem servido de centrais, mas se aparecer o momento, capacidade para isso ainda tenho. Deixo ao critério do selecionad­or. Conheço-o muito bem, gosto dos métodos dele e da maneira como ele consegue fazer do grupo uma família a lutar em conjunto pelos objetivos. Ele tem feito isso lindamente.

Trabalhou com ele?

—Sim, no FC Porto. Ele co- nhece-me e sei que é uma pessoa atenta. Esteve em Alvalade a ver o Tondela, por exemplo. Está a correr-lhe bem a época? —Cinco estrelas. Sou feliz quando jogo e não tenho lesões. Quando jogo e quando treino todos os dias sou o homem mais feliz do mundo. E ainda vai jogar durante quanto tempo? —Mais duas épocas. Sintome bem e não tive lesões graves na minha carreira. Vamos ver, passo a passo. Estar em todas estas fases finais foi especial para si? —É indescrití­vel. Quem joga num Mundial sabe bem a diferença em relação às outras competiçõe­s. Não há muitos jogadores com três Mundiais. —Eu joguei, o Cristiano Ronaldo também. Ele fará o quarto e espero que consiga o quinto, porque é uma máquina e adoro vê-lo vencer. E quando não se joga, não é uma enorme frustração? —Só me aconteceu no Euro’2012, porque Mundiais joguei nos três. É desfrutar e apoiar os colegas. Nessa altura, o Bruno Alves e o Pepe estiveram sempre muito bem, fizeram um grande Europeu, só foi pena perdermos nos penáltis. Estava lá eu para ajudar caso acontecess­e alguma eventualid­ade. O que interessa é estarmos disponívei­s para ajudarmos no que for preciso.

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Central foi a três fases finais sem jogar no apuramento

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