Evita polémica com Conceição
Osorio garantiu que não quis intrometer-se
O selecionador do México explicou que o plano traçado para os jogadores menos utilizados aponta a melhorar o nível mental e motivacional de quem joga menos para os colocar em melhores condições
Caíram mal no Dragão e especialmente em Sérgio Conceição as palavras de Juan Carlos Osorio quando revelou ter traçado um plano para os jogadores menos utilizados nos seus clubes, numa altura em que Reyes e Layún não conseguiam ter tempo de utilização regular no FC Porto. Ontem, primeiro em conferência de Imprensa e depois em exclusivo a O JOGO, o selecionador do México explicou que as suas palavras foram “mal interpretadas”. “Não falamos de qualquer plano complementar ou suplementar. É só um acompanhamento. Nenhum jogador vai correr um metro mais do que aquilo que faz no seu clube, nem levantar um quilo mais do que aquilo que já faz. Mas consideramos que é preciso acompanhar ao nível do crescimento pessoal, treino mental, nutrição e genética e, por fim, algo que vá no sentido de ajudar a melhorar a condição do atleta”, explicou.
Osorio aproveitou para vincar que respeita o trabalho feito nos clubes. “Quero esclarecer que apreciamos, valorizamos e respeitamos profundamente as políticas de cada clube onde jogam os nossos jogadores. Tanto no Benfica, como no FC Porto, há gente muito competente nas equipas técnicas, médicas, etc. Sabemos que os nossos jogadores estão em boas mãos, não há dúvidas, e sabemos que estão bem trabalhados”, acrescentou. As palavras do selecionador foram no sentido de ajudar os jogadores a chegar nas melhores condições possíveis ao Mundial’2018. “Perante a possibilidade de melhorarmos as condições de qualquer jogador, a federação construiu uma plataforma na qual qualquer internacional pode entrar e ser acompanhado naquilo que estiver a fazer no seu clube. Esse acompanhamento faz-se ao nível mental, recomendamse livros, filmes de motivação, para levar a cabo uma preparação mental do atleta. Depois, ao nível da nutrição, também se faz, a menos que esteja acompanhado no clube. Por fim, a parte mais conjuntural é quando falamos da parte de suporte de todas as atividades do jogador, que não consiste em fazê-los correr mais ou mandá-los para o ginásio, nada disso. Não queremos interferir ou intrometer-nos nos clubes”, vincou.
“Quero esclarecer que apreciamos, valorizamos e respeitamos profundamente as políticas de cada clube onde jogam os nossos jogadores”