Zero num teste com aprovação
Inglaterra com muitos estreantes travou a Alemanha, mas segue sem vencer em casa desde 1975
O clássico entre Inglaterra e Alemanha não teve a intensidade e a emoção de outros embates, até pela ausência de golos no marcador, e serviu sobretudo aos treinadores para ensaiarem soluções alternativas – quatro estreias nos ingleses e uma nos germânicos. O nulo final tem, em parte, essa explicação, embora também se deva aos desempenhos dos guarda-redes Ter Stegen e Pickford. Este último e Loftus-Cheek reforçaram a candidatura aos eleitos de Southgate para o Mundial.
O encontro foi agradável de seguir até cerca dos 60 minutos. Após o equilíbrio inicial, os campeões mundiais foram superiores, com o seu tridente ofensivo a criar situações de perigo. Sané atirou ao poste e pouco depois Draxler e Werner viram Pickford negar o golo à Alemanha. Porém, antes do descanso, Abraham quase abria o ativo, grato pelo tributo do selecionador ao ano de ouro das seleções jovens. O segundo tempo abriu com grande defesa de Ter Stegen a remate de Vardy, mas o ritmo abrandou e o jogo tornar-se-ia desinteressante.
Contas feitas, Southgate – que ontem nomeou Dier capitão – terá saído mais satisfeito de Wembley, onde ainda não perdeu. Contudo, os ingleses continuam a adiar o regresso aos triunfos caseiros sobre a Mannschaft – o último aconteceu em 1975 e até ontem sofreram cinco derrotas e uma outra nos penáltis no Euro’1996. Este foi o 32.º duelo anglo-germânico, com 13 triunfos para cada e seis empates. Foi também o primeiro nulo de há 35 anos.