O Jogo

OPERÁRIO E MAESTRO

HERRERA Médio do FC Porto não limitou as ações ao ataque, ajudando ainda a seleção mexicana na hora de defender

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Juan Carlos Osorio tinha elogiado a opção de Sérgio Conceição, na véspera, de colocar Herrera numa posição mais adiantada e ontem, contra a Bélgica, fez do médio do FC Porto o elo de ligação com o ataque, posicionan­do-o em funções semelhante­s. Mais adiantado do que Reyes e Guardado no meio-campo, Herrera teve um vasto raio de ação, que não se limitou a tarefas ofensivas, longe disso. O corredor central foi praticamen­te todo dele, defendendo à frente da área, quando necessário, para depois sair com muita pertinênci­a para o ataque, fosse para meter a bola a rasgar ou para surgir à entrada da área, a fim de tentar o remate. Uma exibição cheia de Herrera, à imagem das que vem fazendo no FC Porto.

Mas foi Layún que provocou o primeiro lance de perigo na área belga, quando acertou na trave da baliza de Courtois, mostrando algumas fragilidad­es na defesa da equipa de Roberto Martínez. Os belgas acordaram e assumiram o controlo do jogo, chegando ao golo numa jogada em que Moreno, também ele sem ritmo, não foi pronto a reagir para cobrir Eden Hazard. A ganhar, os belgas pareciam lançados para um jogo tranquilo, mas o México empatou de penálti, após falta sobre Chicharito. A segunda parte prometia mais Bélgica. Reyes travou em falta Dembélé e, com um cartão amarelo, não tardou a sair. Lukaku fez o segundo, depois de uma jogada pela esquerda, e a história parecia estar a escrever-se, mas Lozano bisou e relançou o jogo, até o mesmo Lukaku empatar e estabelece­r o resultado mais justo.

Moreno e Layún mostraram um México com necessidad­e de ter jogadores com mais ritmo, porque nem o central do Roma, nem o lateral do FC Porto contrariar­am as dificuldad­es nas jogadas em velocidade do adversário. Os receios de Juan Carlos Osorio são legítimos, depois de golos sofridos que o ritmo e a concentraç­ão dos defesas poderiam ter evitado. A entrada de Raúl Jiménez, também ele com poucas oportunida­des no Benfica, também não acrescento­u o que se pedia ao ataque, em parte por ter ficado muito isolado na frente.

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