O Jogo

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- Jogo final Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

Bruno de Carvalho não quis ficar atrás de Luís Filipe Vieira

1Bruno de Carvalho ouviu a entrevista de Luís Filipe Vieira e resolveu subir a parada, baixando o nível. É verdade que começou logo por dizer que estava cansado de ouvir sócios do Sporting pedir-lhe para ter elevação, pelo que não se pode falar de uma surpresa. Ainda assim, chamar “perfeito idiota” ao presidente de um clube rival não deixa de ser um momento marcante para o futebol português, que na véspera já tinha ouvido Luís Filipe Vieira garantir que nunca chamou “filho da p... a um árbitro ao intervalo”. Quem ouve um e outro não precisa de fazer um esforço muito grande para perceber a que se referia o Ministério Público quando há dias descrevia o clima entre as claques do Benfica e do Sporting, que levou ao homicídio de Marco Ficini, como sendo de guerra aberta. Valha-nos, neste cenário deplorável, a tranquilid­ade olímpica do presidente do IPDJ, Augusto Baganha, para quem as claques não legalizada­s do Benfica “não têm sido um problema para a polícia”. Está tudo bem, então.

2A Arábia Saudita está longe de ser um adversário particular­mente complicado, mas até por isso o teste realizado ontem pela Seleção foi positivo. Já houve um tempo em que, frente a equipas mais pequenas, Portugal se encolhia até ficar do mesmo tamanho. Não foi o que aconteceu ontem. De resto, deu para perceber a vontade que cada um dos jogadores que estiveram em campo tem de conseguir um lugar entre os campeões europeus no Mundial da Rússia. Gonçalo Guedes, que não é exatamente uma novidade na Seleção, fez provavelme­nte o melhor jogo de sempre por Portugal. Manuel Fernandes, Ricardo Pereira e Kévin Rodrigues, por exemplo, também mostraram que devem contar com eles. Claro que nem todos terão espaço na convocatór­ia para o Mundial, mas o futuro da Seleção não se esgota no próximo ano e é reconforta­nte perceber que haverá vida para além de 2018.

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