O Jogo

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- MANUEL CASACA

Discurso puro, genuíno e de coração aberto. Alex Telles falou em exclusivo a O JOGO e deu conta da felicidade que sente em jogar no FC Porto. Gosta do rigor de Sérgio Conceição, mas também da liberdade que o treinador dá aos jogadores para que possam mostrar em campo todo o seu potencial. Reconhece que, dessa forma, mantém o futebol de rua tão caracterís­tico do jogador brasileiro. A sensação que dá é que esta equipa do FC Porto joga com prazer. É mesmo assim? —É isso mesmo. Mas antes de tudo, quando um jogador chega a um patamar alto como é ser profission­al e jogar no FC Porto, o prazer de jogar já é enorme. Ainda mais quando há uma química entre os jogadores, o staff técnico e os adeptos tudo encaixa na perfeição. Entramos em campo e temos um prazer enorme em treinar. Todo o mundo está com o mesmo objetivo e isso é o que importa. Como é possível conciliar o prazer de jogar com o rigor tático que leva o FC Porto a sofrer poucos golos? —Essa disciplina tem de vir de cada um de nós e tem de ser transporta­da para dentro do campo. Um dos lemas do Sérgio Conceição é que tem de haver rigor tático. Todos te- mos uma função para cumprir. É isso que todos estão a fazer. Quando entramos em campo, todos sabem o que têm de fazer. Para si é fácil conciliar esse futebol de rua com o rigor tático?

—Gosto de jogar para a frente, bem à vontade. Não sinto o peso de jogar num clube grande como o FC Porto ou numa grande competição. Não gosto de transporta­r esse peso. Gosto de jogar livre, tranquilo e cumprindoa­sminhasfun­ções, sendo ainda disciplina­do e tendo personalid­ade. Não mudo a

“A pressão de não ganhar existe, sabemos disso, mas o que temos de fazer é transforma­r isso numa pressão boa” Alex Telles Lateral-esquerdo do FC Porto “O FC Porto devia ter sido sempre respeitado. Por toda a história do clube, pelos títulos que conquistou e pelos jogadores que já passaram por aqui” Alex Telles Defesa-esquerdo do FC Porto

“O clássico não decide o título mas vai fazer diferença” “Entramos em campo e temos um prazer enorme em treinar. Todo o mundo está com o mesmo objetivo e isso é o que importa” “Sérgio Conceição quer que os jogadores tenham alegria e prazer em jogar, cumprindo as funções”

minha maneira de jogar, até porque foi dessa forma que cheguei ao FC Porto. Dizem que o brasileiro tem essa maneira de jogar mais tranquila e mais alegre, e é essa a mensagem que o Sérgio Conceição nos passa. Ele quer que os jogadores tenham alegria e prazer em jogar, cumprindo as funções. Já falou algumas vezes em Sérgio Conceição. Ele está muito presente no vosso dia a dia? —Tanto o míster como todo o staff técnico estão muito presentes e apoiam-nos muito. O Sérgio modificou a nossa forma de jogar e deu-nos confiança para acreditarm­os em nós. Quer que cada um coloque a qualidade que tem em prol da equipa. Fez-nos ver que quem jogar com o FC Porto está a defrontar uma grande equipa e que temos de ser respeitado­s tanto nos jogos em casa como fora. Isso transformo­u a nossa maneira de jogar. Temos de jogar para a frente, mas de uma forma organizada, sem ser de qualquer jeito, e com qualidade. Obviamente, algumas vezes temos de jogar feio e, quando é preciso, também sai um balão para a bancada. Sente que o FC Porto agora é mais respeitado? —O FC Porto devia ter sido sempre respeitado. Por toda a história do clube, pelos títulos que conquistou e pelos jogadores que já passaram por aqui, esse respeito tem de ser eterno. Estamos a reconquist­ar o respeito de todos, procurando um título que é importante para o clube e para cada um de nós. Estamos muito felizes por estar aqui e por voltar a colocar o FC Porto onde merece. O FC Porto recebe o Benfica dia 1 de dezembro e tem uma vantagem de cinco pontos, mas Alex Telles não considera que o clássico seja decisivo nas contas do título. “O campeonato é muito longo e não é um clássico que vai mudar tudo. Jogamos em casa e queremos vencer diante dos nossos adeptos. Não vai decidir o título, é certo, mas vai fazer diferença. Mas até lá ainda temos mais alguns jogos pela frente e há que pensar jogo a jogo”, lembra. O defesa admite ainda que estar na frente dá uma vantagem pelo menos psicologic­amente. “Estar à frente do campeonato é sempre bom, ainda por cima com uma margem de pontos. Temos margem de erro, mas não podemos pensar nisso. Temos de pensar no êxito e pensar que podemos crescer. Temos de continuar a correr e a lutar”. avisou.

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