O Jogo

Histórico: Itália fora da fase final

A Squadra Azzurra fez o melhor jogo em toda a fase de apuramento, carregou sem parar, mas não marcou qualquer golo aos suecos e a vantagem 1-0 voltou a ser decisiva em play-offs

- ANTÓNIO PIRES

A Suécia garantiu ontem o regresso a um campeonato do mundo depois de estar ausente nos dois últimos e pelo caminho ficou a Itália – favorita aquando do sorteio do playoff – que só por uma vez falhara um apuramento: há 60 anos para o... Suécia’1958. Aos escandinav­os, ontem, bastoulhes um 0-0 em Milão, valendo-lhes o triunfo por 1-0 na primeira mão, resultado talismã para quem ganha o primeiro jogo em casa e maldição para quem perde em play-offs de Mundiais. Os italianos juntaram-se ontem à Holanda (1985), República Checa (2001), Bósnia (2009) e Suécia (2013), que também tinham falhado inverter tal desvantage­m, as duas últimas seleções contra Portugal, recorde-se.

Depois de apresentar um futebol muito pobre na fase de grupos e na sexta-feira passada em Solna, a Squadra Azzurra jogou ontem finalmente de acordo com os seus pergaminho­s de tetracampe­ã mundial e superpotên­cia do futebol. As entradas de Florenzi e Jorginho para o meio-campo, além de Gabbiadini no ataque, foram fundamenta­is, mas, sobretudo, mudou a atitude da equipa de Gian Piero Ventura: sempre mais rápida na disputa da bola, tentando jogar em velocidade e em pressão alta. Foi assim que encostou praticamen­te durante os 90’ a Suécia à defesa – onde, apesar das dificuldad­es, a dupla de centrais Lin de lof/Granqvist esteve impecável–e conseguiu fazer 24 remates (mais 14 do que na primeira partida), embora só seis vezes obrigando Olsen a defender a bola.

Num jogo marcado por vários lances polémicos – Mateo Lahoz não assinalou quatro penáltis, dois para cada lado – a Itália beneficiou de uma mãocheia de excelentes ocasiões, a maior de todas aos 40’, quando Olsen travou o primeiro tiro de Immobile e Granqvist impediu depois a bola de chegar ao fundo das redes.

No fim, enquanto a Suécia festejava depois de grande sofrimento, os italianos, com Buffon à cabeça, choravam aquele que foi um dos dias mais tristes do futebol italiano.

“Peço desculpa aos italianos. Sei que quando não há resultados a culpa é do treinador”

Gian Piero Ventura

Treinador da Itália “Já não tínhamos mais armas. Só podíamos resistir, não havia outra forma”

Jan Andersson

Treinador da Suécia “Sinto muito e não é por mim. É por todo o futebol italiano. Falhámos algo que tem um enorme impacto social no país” Buffon Jogador da Itália “É um momento negro. Discussão no banco? Pedi para entrarem avançados”

De Rossi

Jogador da Itália

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Logo após o apito final, a seleção sueca festejou junto da bancada onde se encontrava­m os seus dois mil adeptos
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