O Jogo

“DIFICILMEN­TE IRIA JOGAR ESTA ÉPOCA”

Ingressou no Eibar para crescer, admitindo que teria poucas hipóteses no elenco de Jesus

- RUI MIGUEL GOMES

Defensor revelou que pediu para sair do clube de forma insistente e que o técnico leonino apenas o libertou quando sentiu ter as “garantias necessária­s” para o lugar, depois de atacar o mercado

Em Espanha, Paulo Oliveira espera encontrar a competição e utilização que foi perdendo aos poucos desde que Marco Silva deixou o comando técnico dos leões. A O JOGO, admite algum desapontam­ento pela necessidad­e de dar um passo atrás, entre realismo pela opção tomada que o levou para o Eibar. Seria difícil jogar se continuass­e no Sporting? —Sim, sem dúvida. Acima de tudo, tenho-me como uma pessoa inteligent­e. Mais do que as opções, senti que não teria a utilização que queria ter, daí o meu passo. Chegou ao clube, foi titular com Marco Silva, estreouse na Seleção Nacional, depois foi sempre a descer. Isso desapontou-o? —É lógico que quando cheguei ao Sporting tinha expectativ­a de jogar mais. Com o Marco Silva fiz 40 jogos na primeira época, depois baixei para 30 e na última para 20. A minha utilização estava em decrescend­o. Por isso, era preferível jogar com outro contexto de menor dimensão, mas jogar. Pelo menos lutar para que isso aconteça. Não tenho nada a apontar às pessoas do Sporting. Foi uma questão de pensar no futuro da minha carreira, quero continuar a crescer, sinto que tenho muito para aprender e evoluir. Teve alguma conversa com Jorge Jesus sobre a escassa utilização? —Quando estava a jogar mais também nunca perguntei porque estava a jogar. Por isso, quando passei a ter uma utilização mais escassa não senti que tinha de conversar. Se o fizesse seria de certa forma uma falta de respeito ao trabalho do treinador e dos meus colegas. O que fiz foi conversar abertament­e com Jorge Jesus sobre as opções que tinha em carteira. Devido à pouca utilização e às minhas ambições, perguntei se tinha abertura para prescindir de mim e deixar-me ir à minha vida. Foi sempre tranquilo. Sentiu a abertura desejada para a saída? —Mentia se dissesse que Jorge Jesus mostrou-se aberto à saída na primeira conversa. Mostrou-se agradado com o meu trabalho, isso deixoume satisfeito, pois era um jogador que lhe dava algumas garantias face ao que precisava. Assim que teve as garantias para que pudesse libertar-me, deixou-me ir. Compreendi as manobras de mercado. Foi um jogo de paciência entre as duas partes.

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