O Jogo

MUITO MAIS QUE UM EMPATE

Americanos marcaram primeiro, Antunes empatou com a ajuda do guarda-redes

- Textos FILIPE ALEXANDRE DIAS

Fernando Santos: “Estreias? Não estou aqui para bater recordes”

Portugal perdeu o pilar que é Pepe demasiado cedo e entrou aos tropeções nas duas metades do encontro. Os norte-americanos nunca perderam atreviment­o e mereceram a igualdade

encerrou o ano e os dois jogos dedicados a testar os menos experiment­ados em busca de eventuais revelações para o Mundial, mas o encontrode ontem deixou poucos registos notáveis. Contudo, esses registos existe me o mais lustroso de todos responde por Manuel Fernandes. O médio foi quem mais e melhor jogou num embate em que a turma nacional deixou a desejar no resultado e na exibição, mas o 14 deixou o recado: fica à espera de um espacinho nos 23 que vão à Rússia. Jogou para isso.

Da Arábia Saudita aos Estados Unidos, de Viseu para Leiria, Fernando Santos conservou no onze inicial Pepe, Danilo, o “tal” Manuel Fernandes e Gonçalo Guedes – este testado a nove – somando-se sete alterações. Frente a um adversário que falhou a ida ao Mundial pela primeira vez em três décadas, Ricardo Ferreira fez a estreia, Gonçalo Paciência e Rony Lopes, mais tarde, também, mas o 1-1 premiou a boa entrada norte-americana nas duas metades.

Pertenceu a primeira iniciativa à formação norte-americana, agressiva na recuperaçã­o, mais rápida sobre a bola e a surgir com perigo relativo no último terço lusitano. Portugal tinha dificuldad­e em sair. Pepe arrepiou as bancadas ao sair logo aos 10’ por lesão e a turma nacional tentou reagir e ganhar mais bola, mas a maior rapidez e acutilânci­a continuava a pertencer aos forasteiro­s, que foram farejando e farejando o golo até o alcançar – merecidame­nte – aos 21’. Portugal continuava desestrutu­rado, jogando até direto para a frente, onde Gelson surgia em zonas frontais. Frente a um esquadrão com intérprete­s traquejado­s nas ligas inglesa, alemã e até belga, os testados por Fernando Santos oscilavam. Foi preciso um frango de Horvath a disparo de Antunes para Portugal igualar. O empate revigorou Portugal após uma primeira meia hora cinzenta e, até ao intervalo, perdeu oportunida­de de virar o resultado – Gonçalo Guedes a nove não funcionou.

No reatamento, entraram Gonçalo Paciência e João Mário, mas foram os norte-americanos a voltar a gerar perigo, quase marcando em três ocasiões, entre os 52’ e os 55’. PorPortuga­l

Ricardo Ferreira tremelicou na estreia e Gonçalo Guedes a nove acabou por não funcionar

tugal sacudiu e entrou na melhor fase a partir dos 60’, mas faltou serenidade. Gonçalo Paciência e Bernardo Silva trouxeram melhoras, mas o avançado foi sôfrego em demasia na procura do golo. Com pés de lã, os americanos namoraram as suas chances sempre que saíram, com a defesa lusa a parecer desgastada.

Mas ainda falta muito até aos 23... e certinho só o CR7.

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