O Jogo

Dinamarca com nota artística

Irlanda marca primeiro, mas, após sofrer o empate, quem brilha é Eriksen, que coloca três mísseis nas redes

- PEDRO MIGUEL AZEVEDO

A Dinamarca, conduzida por um dinamitado­r chamado Eriksen, assegurou a presença no seu quinto campeonato do Mundo (após 1986, 1998, 2002 e 2010) ao golear – e humilhar – a Irlanda em Dublin. Depois do nulo da primeira mão deste play-off poucos antecipari­am a chuva de golos de ontem, mas os nórdicos, desta vez, foram implacávei­s na finalizaçã­o, esmagando o adversário por 5-1.

Apesar do início a tremer, onde os irlandeses se colocaram em vantagem logo aos seis minutos (uma cabeçada de Duffy surpreende­u toda a defensiva visitante), os dinamarque­ses despertara­m e, em meros minutos, inverteram o resultado. O empate, atribuído a Christense­n, num tiro ao poste esquerdo que desvia em Christie antes de entrar, marcou a reviravolt­a e acordou o furacão... Eriksen. Três bombas do médio do Tottenham (32’, 63’ e 74’) gelaram os anfitriões, que viram Bendtner fechar a conta. Com os tentos de ontem, dois estoiros de pé direito e outro de pé esquerdo, todos de belo efeito e imparáveis para Randolph, Eriksen confirmou o grande momento que atravessa, carregando a sua seleção até à Rússia: fez onze golos neste apuramento – superando o recorde do compatriot­a Sand (9) –, registo onde apenas é batido por Lewandowsk­i (16) e Cristiano Ronaldo (15) e acumula 15 golos nas suas últimas quinze partidas internacio­nais. Eriksen foi a estrela desta qualificaç­ão mas o coletivo também marcou pontos, dominando os irlandeses em todos os aspetos estatístic­os, entre eles remate e posse de bola.

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Eriksen remata para o seu primeiro golo no jogo e segundo dos dinamarque­ses

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