Dinamarca com nota artística
Irlanda marca primeiro, mas, após sofrer o empate, quem brilha é Eriksen, que coloca três mísseis nas redes
A Dinamarca, conduzida por um dinamitador chamado Eriksen, assegurou a presença no seu quinto campeonato do Mundo (após 1986, 1998, 2002 e 2010) ao golear – e humilhar – a Irlanda em Dublin. Depois do nulo da primeira mão deste play-off poucos antecipariam a chuva de golos de ontem, mas os nórdicos, desta vez, foram implacáveis na finalização, esmagando o adversário por 5-1.
Apesar do início a tremer, onde os irlandeses se colocaram em vantagem logo aos seis minutos (uma cabeçada de Duffy surpreendeu toda a defensiva visitante), os dinamarqueses despertaram e, em meros minutos, inverteram o resultado. O empate, atribuído a Christensen, num tiro ao poste esquerdo que desvia em Christie antes de entrar, marcou a reviravolta e acordou o furacão... Eriksen. Três bombas do médio do Tottenham (32’, 63’ e 74’) gelaram os anfitriões, que viram Bendtner fechar a conta. Com os tentos de ontem, dois estoiros de pé direito e outro de pé esquerdo, todos de belo efeito e imparáveis para Randolph, Eriksen confirmou o grande momento que atravessa, carregando a sua seleção até à Rússia: fez onze golos neste apuramento – superando o recorde do compatriota Sand (9) –, registo onde apenas é batido por Lewandowski (16) e Cristiano Ronaldo (15) e acumula 15 golos nas suas últimas quinze partidas internacionais. Eriksen foi a estrela desta qualificação mas o coletivo também marcou pontos, dominando os irlandeses em todos os aspetos estatísticos, entre eles remate e posse de bola.