“Seferovic vai conseguir reagir”
Melhor marcador da Suíça deixou a seleção precisamente por ter sido assobiado, mas aposta na recuperação do atleta do Benfica
Com 42 golos ao serviço do seu país, o antigo avançado de Rennes, Dortmund e Basileia confessa-se escandalizado pelas vaias ao camisola 14 das águias, mas não acredita que este se retire da seleção
Muito assobiado no confronto da Suíça frente à Irlanda do Norte, na altura da substituição, Seferovic não foi o primeiro ponta de lança helvético a viver semelhante situação. Referências da Suíça, Marco Streller e Alexander Frei acabaram até por se retirar da seleção, em 2011, devido à contestação por parte dos adeptos suíços. Por isso, Frei, melhor marcador de sempre do seu país, com 42 golos, faz questão de defender o atacante do Benfica. “A Suíça qualifica-se para o Mundial e há um jogador a chorar. Isso é de loucos”, referiu, em declarações ao jornal “Blick”, reforçando: “Ninguém que não tenha estado na mesma situação sabe o que é. Lutar e dar tudo pela equipa e depois ser assobiado como agradecimento.”
“É muito triste, mas o Haris tem o apoio do selecionador e de toda a equipa e saberá reagir aos assobios. Todo o grupo vai saber ajudá-lo”, vaticinou o antigo avançado do Rennes, Dortmund ou Basileia, confessando que não se conteve no momento em que Seferovic foi vaiado. “Quando ouvi os assobios, desliguei a televisão, não queria acreditar. Os suíços não aprenderam nada com o passado”, atirou, não admitindo que o camisola 14 da
Alexander Frei Luz siga o seu exemplo e se retire da seleção. “Não acredito, mas é uma situação dramática. Depois de uma situação dessas, não consegues festejar porque alguns idiotas tiraram a alegria do momento”, referiu, confessando que, “se fosse hoje, tomaria uma decisão diferente”.
Além da antiga glória da Suíça, também Valon Behrami, um dos capitães da seleção helvética, defendeu Seferovic. Em carta aberta ao público, o médio da Udinese assumiu que os adeptos “têm direito a assobiar, pois pagam bilhete”, mas frisou que “os assobios não devem existir”, até porque “a seleção deu uma grande alegria ao país”.