Mário Gomes reprova novo sistema da FIBA
Portugal inicia a luta do Eurobasket’2021 com a época a decorrer e pouco tempo para trabalhar
Revelados os 12 eleitos que vão atacar a pré-qualificação do Eurobasket’2021, a Seleção Nacional concentra-se no domingo, na Costa da Caparica, para defrontar, quatro dias mais tarde, Chipre, naquele que é o início de um novo sistema adotado pela FIBA, com as seleções a jogarem com as épocas em andamento, em vez de atuarem só durante o verão. No entanto, a NBA e a Euroliga não aceitaram libertar os atletas, o que levou a críticas por toda a Europa. No caso português, essa situação não se coloca, mas o selecionador Mário Gomes reprova igualmente o modelo. “A nova calendarização não é nada boa para federações da dimensão danossaeparaseleçõesmenos poderosas. Tenho mesmo dúvidas que seja bom para quem
Mário Gomes quer que seja. Pelas características da nossa equipa e do nosso basquetebol, precisávamos de mais tempo para trabalhar”, defende o técnico a O JOGO. No último verão, a equipa das Quinas falhou um lugar na qualificação para o Mundial de 2019 por apenas três pontos, o que a arredou dos embates com seleções mais fortes, mantendo-se no ativo com uma nova pré-qualificação frente a cipriotas e Luxemburgo, num patamar que não é o ideal. “Os campeonatos da Europa deixaram de ser de dois em dois anos. A partir daí, foi preciso arranjar um sistema para ir mantendo as equipas em atividade. O modelo anterior era muito mais equilibrado, tínhamos a possibilidade de ir à qualificação para o EuroBasket de dois em dois anos, este coloca-nos numa posição que não é vantajosa”, considera Mário Gomes, sublinhando, ainda assim, que “não haverá desculpas”. “Vamos lutar pelos nossos objetivos”, reforçou.—C.D.