O Jogo

Sérgio Morgado voltou e é exemplo aos 43 anos

Esteve retirado nove épocas, mas ainda é o sétimo mais internacio­nal, com 188 jogos, 137 pela equipa AA. Voltou por amizade e defende a baliza do Boavista, segundo na II Divisão

- RUI GUIMARÃES

Tem 43 anos e é um dos segredos das seis vitórias consecutiv­as que colocaram o Boavista na luta pela subida de divisão. Voltou a convite do treinador Jorge Carvalho e acha o andebol atual “mais rápido”

Éomaisn ovo dedo is irmãos,gran desfiguras do andebol português, ambos guarda-r e desejá retirados. Perdão, apenas um, Paulo Morgado, o mais velho, de 45 anos. Isto porque, nove temporadas depois de ter terminado a carreira, Sérgio, de 43, voltou nesta época a jogar, pelo Boavista, na II Divisão. “Foi um convite de amigos, do Jorge Carvalho e do Hugo Mota. Além disso, o Boavista tem uma boa estrutura, com gente como o EduardoFer­reira e o Jorge Rodrigues, que conheço há muitos anos. Desafiaram-me e a minha primeira reação foi rir, mas agora aqui estou”, conta Sérgio Morgado, o sétimo andebolist­a português mais internacio­nal de sempre.

“Se ainda defendo umas bolas? Pelo menos tento [ri-se]. Como sempre, procuro fazer o meu melhor”, responde o guardião, que havia jogado o Campeonato Nacional pela última vez em 2007/08, pelo ISAVE. “O bichinho está sempre cá dentro, até já tinha andado pelos Masters”, recorda, referindo-se às experiênci­as no Masters Porto, pelo qual foi duas vezes campeão europeu de veteranos (ver quadro). “Além disso, quando é para nos ajudarmos uns aos outros, estou sempre presente. Não é fácil, a minha vida não me permite vir de Braga e treinar as mesmas vezes que os meus colegas, mas procuro ajudar dentro dos possíveis”, completa. “Integrei-me bem, o Boavista tem um grupo fantástico e jogadores com potencial para a I Divisão, que encaram o andebol como deve ser”, diz ainda, referindo-se a Jorge Carvalho como “um treinador que sabe cativar os atletas”.

Sobre o andebol de agora, Morgado descreve-o como “muito mais rápido”, algo a que ainda se está a adaptar. “Eu sei que as pessoas gostam de ver mais golos, mas no nosso tempo é que era espetacula­r. Na altura, não era fácil entrar numa defesa, era preciso trabalhar muito”, justifica. “Agora, também se trabalha, mas é diferente. É velocidade, rapidez, até já se pode tirar o guarda-redes e jogar em vantagemnu­mérica. Tenhodeme adaptar”, reconhece.

“Apontam-me como exemplo, mas sou só mais um, não sou mais do que ninguém”

Sérgio Morgado

Guarda-redes do Boavista

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