Tradição na Taça esvazia pressão
Pedro Martins tem um histórico de bons resultados na prova, já com uma presença no Jamor e duas meias-finais
A derrota com a Oliveirense, na Taça da Liga, deixou o treinador com uma curta margem de manobra para o duelo de domingo com o Feirense, na Taça de Portugal. E depois há outro jogo decisivo em Salzburgo
O Vitória tem dois jogos decisivos pela frente num espaço de cinco dias e numa altura em que a margem de manobra de Pedro Martins está reduzida devido aos últimos resultados. Além de praticamente ter afastado a equipa vimaranense da final-four da Taça da Liga, a derrota pesada com a Oliveirense, no último fim de semana, deixou o treinador na mira dos adeptos, da mesma forma que fez aumentar a pressão para o duelo com o Feirense, este domingo, na quarta eliminatória da Taça de Portugal. Ora, esta é uma competição que traz boas recordações a Pedro Martins, na qual tem apresentado bons resultados desde que começou a trabalhar na I Liga. Pode, por isso, ser um fator aliviador da pressão que se sente nesta altura no clube.
Em sete participações na Taça de Portugal ao serviço de equipas da I Liga, o treinador da equipa vitoriana conseguiu chegar uma vez ao Jamor, na época passada (derrota com o Benfica), e duas vezes às meias-finais, pelo Rio Ave, nas épocas 2014/15 e 2015/16,
Derrota com a Oliveirense deixou Pedro Martins na mira dos adeptos O Vitória vai receber o Feirense depois de duas derrotas seguidas no D. Afonso Henriques, uma delas surpreendente, com a Oliveirense, da II Liga afastado nas duas ocasiões pelo Braga. Ao comando do Marítimo também conseguiu rendimentos positivos, caindo duas vezes nos oitavos de final (2012/13 e 2013/14) e uma vez nos quartos de final (2011/12). O pior desempenho aconteceu em 2010/11, quando a equipa madeirense não passou da quarta eliminatória, numa altura em que Pedro Martins estava a dar os primeiros passos na I Liga, depois de ter substituído Mitchell van der Gaag.
Esta época, um dos objetivos propostos pela administração e pelo treinador é chegar longe na Taça de Portugal, ou seja, tentar alcançar novamente o Jamor, se bem que uma boa parte do sucesso da caminhada dependa também do calendário na prova. Depois de ter iniciado o percurso com um triunfo generoso na Vidigueira, perante um adversário dos distritais da AF de Beja, o grau de dificuldade do Vitória no domingo será bem maior, tanto mais que o Feirense jogou há pouco tempo em Guimarães, para a Taça da Liga, e conseguiu um empate.
Depois da Taça de Portugal, a equipa minhota irá decidir o futuro na Liga Europa na deslocação a Salzburgo, na quinta-feira. Dois jogos que poderão ter um peso crucial na época do Vitória e que ajudarão a indicar a estratégia a adotar no mercado de janeiro.