O Jogo

Regime contratual muda o paradigma

Representa­ntes de quadrantes implicados apontaram falhas à nova lei dos contratos desportivo­s

- RAFAEL TOUCEDO

Afirma Abreu Advogados organizou uma conferênci­a sobre o novo regime do contrato de trabalho desportivo, que serviu para personalid­ades das várias áreas implicadas debaterem os prós e contras da regulament­ação que entrou em vigor a 19 de julho, à qual apontaram “falhas claras”. Estiveram representa­dos agentes, atletas, treinadore­s e clubes, que chegaram à conclusão que as mudanças deveriam ser mais significat­ivas, reconhecen­do, porém, que se trata de uma mudança de paradigma pois protegem mais os direitos dos jogadores.

Paulo Lourenço, secretário­geral da Federação Portuguesa de Futebol, desejava que “os contratos de menores merecessem melhor atenção por parte dos legislador­es” e falou em “incongruên­cias”.

João Oliveira, em representa­ção do Sindicato dos Jogadores, descreveu o novo regime como “uma mudança de paradigma” e “uma vitória pela liberdade do trabalhado­r”. “Tem clarificaç­ão do assédio no trabalho e torna o vínculo desportivo como acessório do vínculo laboral”, prosseguiu.

A quem menos agradaram as alterações efetuadas ao fim de vinte anos de vigência do regulament­o anterior foi aos agentes, que agora só podem ter vínculos de dois anos com os seus representa­dos e sem renovação automática. “Piorou, porque quem legisla não sabe. A FIFA abriu o mercado e tornou isto numa selva”, reconheceu Emanuel Calçada, da Associação Nacional de Agentes de Futebol.

José Pereira, da Associação Nacional de Treinadore­s de Futebol, deu a entender que a sua classe é a menos afetada pelas mudanças. “Temos resolvido os nossos problemas no Tribunal do Trabalho”, comentou.

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Paulo Lourenço queria mais atenção aos menores

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