Ronaldo quer “sete filhos e sete bolas de ouro”
CRISTIANO RONALDO Em entrevista ao “L’Équipe”, português desvaloriza início de época mais discreto e diz que o importante é terminar bem
A caminho da quinta Bola de Ouro, que será entregue em dezembro, e já com quatro filhos em casa, CR7 garante estar mais paciente, mais inteligente a gerir o físico e com a mesma ambição de sempre
Amenos de um mês de ser conhecido o vencedor da Bola de Ouro 2017 – será revelado a 7 de dezembro –, Cristiano Ronaldo não esconde que se vê como favorito à conquista depois de “um ano excecional”, assumeque a quer ganhar,mas garante que a idade o está a deixar menos inquieto com essa obsessão e com as dúvidas que sempre surgem quando passa por uma fase menos goleadora, comoéo caso atual mente .“Tenho 32 anos, em breve 33. Sei relativizar”, desabafou numa entrevista ao jornal francês “L’Équipe”. E foi já na fase final, descontraído a falar de uma família que cresceu recentemente com a chegada de Alana Martina, que deixou escapar metas novas. “Há um pouco mais de desordem láem casa. E mais barulho também, mas adoro isso. Estas crianças foram desejadas. Para mim, uma vida sem crianças não tem significado .Tenho a sorte de já ter quatroecostumo dizer que quero sete”, atirou. Questionado sobre se a meta de Bolas de Ouro está também definida nos mesmos moldes,CR7 não desarmou. “Exatamente. Seteéom eu númerofetiche. Quero sete filhos e outras tantas Bolas de Ouro. Mas não quer dizer que me fique por aí. Enquanto jogar, ambicionarei sempre ganhar tudo o que puder. Agora, o meus onhoéa quinta.No próximo ano, haverá outra para tentar conquistar”.
O início de época tem sido discreto. Mas Ronaldo, que até discorda da ideia, lembra que isso de ter fases menos goleadoras nos arranques já lhe aconteceu ante seque oimportanteéaca barbem, até porque, vinca, “há um Mundial no fim”. Ainda assim, entende que o castigo de cinco jogos o penalizou “de forma injusta”.
“Há quem esteja mais inquieto do que eu.As coisas vão mudar. Há dois anos foi assim e no ano passado também”, sublinhou, sem deixar de lembrar que há trabalho que, no caso dele, não é tido em conta nas análises. “Veem-me como uma máquina de golos. Se eles não aparecem, ninguém quer saber se joguei bem ou não. Mesmo que trabalhe para a equipa. Sou apenas julgado pelos golos, que nem sempre são o mais importante. Aceito as críticas, mas discordo .” Num toque de humor, disse que até em casa o chateiam .“Issoéo mais bizarro. Quando não marco, ao chegara casa, a minha mãe, o meu filho, a minha irmã, o meu irmão, todos me perguntam: ‘o que se passa?’; como se fosse o fim do mundo. Se é assim com a minha família, imagine-secom adeptosou jornalistas.”
Mais a sério, CR7 admitiu quetem gerido melhoro físico. “Aprendi nos últimos dois anos a fazê-lo, a ser mais inteligente e mais paciente”, revelou, assumindo dificuldade em lidarcomum aspeto da idade. “O mais duro é aceitar que com o avançar do tempo se perde alguma coisa; que a recuperação nãoéa mesma, que já não posso ficar tantotempono ginásio ou trabalhar de forma tão intensa.”
“Veem-me como uma máquina de golos. Sou apenas julgado pelos golos”