Campeã Siderot aponta aos Jogos
A jovem do Sporting começou no futebol e foi parar aos tatamis por acaso, mas já é campeã da Europa de sub-23
A humildade é uma das qualidades da atleta leonina, que antes do Europeu no último semana sentia uma fé inabalável na conquista do título, como veio a acontecer
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Protagonista de um ano notável, Maria Siderot juntouse a um lote restrito de portugueses campeões da Europa de sub-23 (Ana Cachola, Telma Monteiro e Jorge Fonseca). A medalha de ouro obtida em Podgorica veio confirmar o talento da jovem que representa o Sporting e passou muitos anosem Itália, até voltar a casa. Filha de mãe brasileira e pai italiano, nasceu em Lisboa há 21 anos e faz carreira no judo por acaso. “Foi engraçado, porque jogava futebol e em Itália, aos 12 anos, temos de ir para uma equipa feminina. Não queria jogar com meninas e, como o meu irmão fazia judo e o desporto fazia parte do meu crescimento/educação, experimentei e fui gostando”, afirma a O JOGO.
Não foi amor à primeira vista, mas provavelmente revelou-se a decisão mais acertada. “Antes de ir ao Europeu, dizia a toda a gente que seriacampeã da Europa. Claro que já estou a pensaremTóquio’2020.O próximo objetivo é entrar no projeto olímpico e tenho a certeza dequevou conseguir”, explica, com um sorriso e um olhar de quem se sente bem no tapete do Sporting. “Estou muito feliz por estar aqui e de facto estou sempre a sorrir. Sem esta equipa, não conseguiria. Há um ambiente fantástico”, conta a estudante de Ciências do Desporto.
Comuma “humildadeacima da média”, assinalada pelo treinador Pedro Soares, Maria Siderot tem tudo para evoluir e consolidar processos. “É uma atleta especial,comum potencial enorme. Procura ser uma atleta de copo cheio etem tudo para o encher. Das três atletas portuguesasde -48kgque concorrem por uma vaga nos Jogos, já é a mais bem classificada, é cabeça de série em algumas provas e esperamos que seja olímpica, lute por uma medalha e continue a vencer muitos títulos internacionais”, aponta Pedro Soares. “Antes do Europeu, dizia a toda a gente que seria campeã europeia. Claro que penso em Tóquio’20” Maria Siderot