Guedes decidiu duelo intenso
Minhotos queixaram-se da arbitragem de Tiago Martins
Num jogo em que os arsenalistas facilitaram na defesa e o Rio Ave mostrou as garras, o árbitro Tiago Martins foi protagonista ao perdoar uma expulsão clara ao guardião Cássio
A magia que Vila do Conde transmitia aos adeptos e profissionais do Braga acabou. Este Rio Ave faz lembrar cada vez mais o atual gigante minhoto, quando este resolveu crescer para se aproximar das equipas mais fortes do panorama nacional, e foi um permanente castigo para os visitantes, que, no mesmo recinto, haviam carimbado o passaporte para as as últimas finais da Taça de Portugal em que marcaram presença. Para variar, os vila-condenses apareceram bem mais cedo (na IV eliminatória) e, num lance em que a defesa do Braga meteu água de forma inacreditável para satisfação do experiente Tarantini, Guedes marcou e o Rio Ave nunca mais largou a magra vantagem alcançada ainda no primeiro tempo.
Algumas “tradições” até podem ser efémeras no futebol, mas outras relacionadas com arbitragens polémicas parecem ser eternas e Tiago Martins fez por isso. Com critérios excessivamente brandos no capítulo disciplinar, o juiz lisboeta viu Cássio derrubar Ricardo Esgaio fora da área e, em vez do vermelho direto, limitou-se a mostrar o cartão amarelo ao guarda-redes do Rio Ave, quando estavam decorridos apenas dez minutos e o marcador ainda apresentava uma igualdade a zeros.
Os cerca de três mil adeptos bracarenses explodiram de indignação, mas não há volta a dar. Tiago Martins tem realmente um problema com os cartões e não é daltonismo, porque, maisàf rente, Jefferson empurraria Francisco Geraldesmesmo nas barbas do árbitro e não houve cartão para ninguém. Sem dúvida, um espetáculo interessante para os olheiros do AC Milan, Bordéus e Manchester United sentados nas bancadas, a rivalizar, pela positiva, com o “show” de João Novais, sempre bem coadjuvado por Tarantini e Pelé. Inconformado com a desvantagem, à imagem de Fransérgio, Abel Ferreira fazia saltar do banco Hassan e Paulinho, mas o ataque do Braga não passava das ameaças. Faltou pontaria e serenidade.