O Jogo

PRONTOS PARA GELAR O INFERNO

“Gosto de ambientes quentes, onde se sente a paixão dos adeptos”

- Textos ANDRÉ MORAIS Fotos MIGUEL PEREIRA

Istambul: ambul: a capital do futebol que ama Quaresma

O treinador do FC Porto apontou este Besiktas como o melhor dos últimos anos, tem consciênci­a das dificuldad­es de jogar num ambiente infernal, que são difíceis de derrotar em casa, mas está confiante À entrada para a penúltima jornada da fase de grupos, as contas são inevitávei­s. Se ao Besiktas chega um ponto para carimbar a passagem aos oitavos de final, o FC Porto precisa de ganhar para dar um passo importante, que até pode ser suficiente se o Leipzig não vencer no principado do Mónaco. O empate deixa os azuis e brancos a depender deles pró- prios para arrumar a questão na última jornada. Mas Sérgio Conceição definiu bem o objetivo. Vão entrar em campo abstraídos das contas? —O resultado que nos pode dar a possibilid­ade de nos apurarmos é a vitória. Sabemos que vamos defrontar um adversário que ainda não perdeu nesta fase de grupos, que seja talvez o melhor Besiktas dos últimos anos, uma equipa experiente na Liga dos Campeões com muita qualidade individual e coletiva. Sabemos o que é jogar no seu estád i o e mesmo nã o s e ndo amante de estatístic­as, nos últimos 38 jogos em casa só perdeu um, o que é demonstrat­ivo da força, da capacidade e da envolvênci­a que os adept os conseguem t er com a equipa. Mas temos uma equipa sólida e estamos precavidos para os pontos fortes do

Dos últimos 38 jogos disputados em casa, o Besiktas perdeu apenas uma vez, nos oitavos de final da Taça da Turquia, contra o Fenerbahçe (0-1), na época passada

Besiktas e poderá estar aí o sucesso. Como jogador já disse que adorava esses ambientes e como treinador? —Gosto de ambientes quentes, passe a expressão, onde se sinta a paixão dos adeptos. O nosso ambiente no Dragão também limita muito aquilo que são os nossos adversário­s, por isso habituei-me como jogador e agora como treinador do FC Porto a ambientes com adeptos muito apaixonado­s pela sua equipa, ambientes que tornam difícil a tarefa dos adversário­s. Faz parte da nossa profissão. Eu prefiro ter um estádio cheio e a gritar, nem que seja pelo adversário, do que ter um estádio vazio.

“Vamos defrontar talvez o melhor Besiktas dos últimos anos, uma equipa experiente na Champions, com muita qualidade individual e coletiva” “Marcar advém de organizaçã­o defensiva forte” “Prefiro ter um estádio cheio a gritar, nem que seja pelo adversário, do que ter um estádio vazio” “Ganhar a Champions? Não tenho o poder de prever o que vai acontecer no futuro, mas é um dos meus objetivos” “Temos equipa sólida e estamos precavidos”

O FC Porto assinala que há 22 anos renovava contrato com o clube, já disse que esperava chegar a treinador do FC Porto antes do que chegou. Quando espera ganhar a Liga dos Campeões? —É o sonho de qualquer treinador ganhar a competição mais importante a nível de clubes. Quando? Não sei, ainda não tenho o poder de prever o que vai acontecer no futuro, mas é um dos meus objetivos, claramente. O FC Porto tem marcado muito golos, mas chega a este jogo só com Aboubakar... —É um facto que temos marcado muito, mas isso também advém de uma organizaçã­o defensiva forte. Não podemos dissociar a fase ofensiva da defensiva. Uma equipa para atacar vai ter de saber defender. No campeonato somos a melhor defesa, exatamente porque está tudo ligado e é para continuar com essa consistênc­ia e essa dinâmica. A base do sucesso de amanhã [hoje] tem a ver com a consciênci­a defensiva, o sabermos aquilo que é a capacidade do adversário e em que momentos do jogo podem causar dificuldad­es à nossa equipa. Depois, apesar de algumas limitações, temos de ser uma equipa que ataca com perigo.

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