Plantel só recebeu salários de um mês
Direção não permite rescisões e diz que o comunicado... não ajuda. Atletas estão em risco de despejo
Depois de no mês passado ter vindo a público queixar-se de salários em atraso, o plantel do Freamunde, clube que disputa a Série B do Campeonato de Portugal, voltou, ontem, a emitir um comunicado, afirmando que “nada mudou”. “Os salários em atraso não só se mantêm, como se agravam como passar dos meses. A 23 de novembro, podemos afirmar que apenas recebemos um mês de salário. Os, que de nós, transitaram da época passada, receberam três meses dos últimos onze!”, lê-se no documento.
Os jogadores acusam, também, a Direção presidida por Miguel Pacheco, que, alegadamente, não permite que nenhum atleta rescinda. “O grupo de trabalho foi informado que, apesar deste estado de coisas, a Direção não permite que ninguém saia até à reabertura de mercado. Até lá, somos confrontados com ameaças de despejo por parte dos proprietários das habitações que ocupamos, devido aos sucessivos meses de atraso na liquidação das rendas”, afirmam, revelando que Carlos, técnico de equipamentos, já abandonou o clube.
Contactado por O JOGO, Miguel Pacheco, presidente do Freamunde, referiu que os jogadores “não ajudam com este tipo de comportamento”. “Estamos a trabalhar arduamente na procura de uma solução. Queremos que as pessoas saibam que, só a partir de agosto, é que a dívida é da responsabilidade desta Direção.
“Os salários em atraso agravam-se com o passar dos meses”
Comunicado dos jogadores
O que está para trás assumimos que vamos tentar resolver, mas não fomos nós que criámos essa dívida”, atirou. Miguel Pacheco diz estar em contactos para formar uma nova SAD e, justifica-se, é por isso que não permite rescisões. “Se estamos à procura de um parceiro, não vamos delapidar a equipa para afastar quem quer trabalhar connosco. Ninguém vai sair até à pausa de Natal”, disse.