A ANGÚSTIA DE JESUS Ou não haverá nenhuma?
á meia dúzia de dias, o Sporting-FC Porto de amanhã era apenas mais um jogo. Para os leões, já não é. O empate em Setúbal deixou os sócios e adeptos leoninos afundados numa tal depressão, tão irremediavelmente conformados de que ainda não é este ano, que, de repente, as taças – inclusive a da Liga – recuperaram importância. E, mesmo assim, desta vez não há como ganhar: perder confirmará a tendência de insucesso, vencer levará ao suspiro: “Pois, mas quando for a sério é o costume...”. E já eu não sei, realmente, se o problema é Jesus ter tornado a insultar o balneário ao fazer titular indiscutível um jogador acabadíssimo de chegar do Rio Ave. Ou se é esta insistente, comprovadamente perigosíssima e já com tantos danos acumulados mania de defender resultados de 1-0. Ou se é outra coisa qualquer ainda. Sei que, nem que seja por reflexo condicionado, é chegado o momento de o treinador leonino parar de cometer os mesmos erros, uma vez atrás da outra. A começar pelas indiretas a Rui Vitória nas conferências de Imprensa, que ainda podem oferecer-lhe (valha-lhe São Sérgio Conceição) a terceira humilhação consecutiva. A continuar no persistente pedido de novos jogadores, a pagar e à borla, como num vício, sem que um só dos que já lá estão consiga sentir – a não ser nos momentos em que se exige a recusa de uma venda, como parece acontecer agora novamente com Battaglia – que de facto pode acrescentar o que falta. E por aí adiante (e adiante, e adiante)... Será mesmo que Jesus tem cara para somar, sem um ato de contrição, uma terceira época sem pecúlio que se veja, depois de todos os esforços que Bruno de Carvalho vem fazendo para lhe proporcionar os meios – humanos, financeiros, etc. – que lhe pede?