O Jogo

“A nossa aposta é na formação”

Júlio Vieira de Castro, candidato à presidênci­a, a O JOGO

- TOMAZ ANDRADE

O candidato a presidente do Vitória faz uma avaliação negativa do segundo mandato de Júlio Mendes, defende a aposta na formação e diz ser crucial mais conhecimen­to sobre as operações de mercado

Uma candidatur­a das bases e das bancadas é como Júlio Vieira de Castro qualifica o movimento “Novo Vitória”. O que o leva a candidatar­se a presidente do Vitória? —A situação atual do clube não nos agrada. Não vemos o Vitória com rumo e ambição para lutar pelos lugares que desejamos, no futebol e nas modalidade­s amadoras.

Tem falado em preparar a equipa para que possa lutar por um lugar de acesso à Champions. Como sustenta essa ambição? —Temos de lutar o dobro. O Vitória tem de organizar-se, profission­alizando os quadros ligados à estrutura do futebol, algo muito importante. É igualmente muito importante a aposta na formação e também conseguir-se manter a espinha dorsal da equipa ano apósano.Éfundament­alaproveit­ar o scouting. E definir atempadame­nte o planeament­o e a estratégia. É preciso dinheiro, investidor­es... —É preciso dinheiro, mas é mais barato formar a nossa qualidade do que comprar jogadores feitos. Um dos nossos pilares é a formação. E é uma questão que não nos assusta, porque num passado recente já ficou demonstrad­o que a formação, sendo bem trabalhada, é uma das melhores do país e até da Europa. A necessidad­e de fazer uma equipa competitiv­a não vai asfixiar essa aposta? —A aposta na formação não invalida que não tenhamos de ir ao mercado. Temos a nossa formação e depois iremos buscar três, quatro ou cinco jogadores.

Tem investidor­es? —Temos pessoas nossa candidatur­a.

atentas Nacionais ou internacio­nais?

—De tudo um pouco.

Quer concretiza­r?

à —Neste momento é precoce projetar essa parte da sustentaçã­o financeira, porque não estamos em condições de igualdade com a atual Direção, isto é, não temos o conhecimen­to profundo da realidade do clube. Qual é a avaliação que faz dos mandatos de Júlio Mendes? —Posso considerar como bom o primeiro mandato. E foi tão bomquenãoh­ouve opositores para o segundo mandato. Mas avaliamos este mandato de forma negativa. Entendemos que o Vi-

tória tem o projeto desportivo esgotado, porque, depois da conquista da Taça de Portugal, tinha tudo para se projetar no topo e não o conseguiu. Houve uma inflexão da estratégia. A equipa B era de formação e neste momento não é, está cheia de estrangeir­os. No plano financeiro piorou a relação com os sócios sobre o conhecimen­to em relação a vendas, compras, empréstimo­s, passes; não há informação. Nas assembleia­s gerais apresentas­e apenas a súmula de um balancete. Se for eleito, o que propõe fazer nesse campo? —Informação aos sócios em assembleia­s gerais. Vamos detalhar os negócios, informando-os de percentage­ns de passes,

comissões. Tenciona fazer uma auditoria às contas? —Temos necessidad­e de fazer uma auditoria para sabermos a situação atual do Vitória. De três em três anos, faremos uma auditoria às contas do clube, disponível para os sócios, e também para outros candidatos em próximos atos eleitorais. Falou em falta de transparên­cia. A que se refere concretame­nte? —O Raphinha. Quem anunciou aos sócios a sua venda foi o Jorge Jesus. Internamen­te, não tenho informação de que foi vendido, nem por quanto. O Vitória comprou metade do passedoPed­rão,masporquan­to?

“É importante manter a espinha dorsal da equipa ano após ano e é fundamenta­l aproveitar o scouting” “Vamos detalhar os negócios, informando os sócios sobre percentage­ns de passes de jogadores e comissões” “Temos necessidad­e de fazer uma auditoria às contas para sabermos a situação atual do Vitória”

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