EMPRÉSTIMOS PAGAM REFORÇOS DE INVERNO
SALÁRIOS Layún e Bueno foram os negócios que a SAD agradeceu em janeiro: poupou cerca de dois milhões de euros e atacou o mercado. E ainda há Quintero...
Waris, Paulinho e Osorio são muito mais baratos do que os dois que saíram. O colombiano já não era encargo portista, mas a cedência com opção de compra também alivia as piores perspetivas
As cedências de Quintero (River Plate), Layún (Sevilha) e Bueno (Málaga) representam, para o FC Porto, muito mais do que uma questão meramente desportiva. Sem espaço no plantel de Sérgio Conceição, os três representavam um encargo salarial acima da média e muito longe dos ajustes que a SAD quer fazer a este nível. Quintero já estava emprestado (ao Independiente), mas a ameaça de não se encontrar um clube que pudessecontinuar a pagar ao jogador assombrava o Dragão. Layún e Bueno, pelo contrário, eram encargos da SAD e as suas cedências temporárias de seis meses pouparam cerca de dois milhões de euros à sociedade portista. Se lhe quiserem somar a poupança com Quintero, então os dragões aliviaram em mais de quatro milhões de euros a carga salarial acumulada se todos estivessem ao serviço da equipa de Sérgio Conceição. Mas bastou o valor garantido com Layún e Bueno – ora o pagamento pelas cedências, ora os salários que se deixaram de pagar – para garantir os reforços de Inverno que Conceição espera que ofereçam mais so- luções à equipa. Paulinho, Waris e Osorio, juntos, custam menos do que os dois que saíram. Entre salários e encargos extra... Ou seja, além de reforços, a SAD garantiu o cumprimento das imposições da UEFA. Gonçalo Paciência já era um ativo do clube e não entra nas contas de somar.
Se para já as contas são estas, no verão podem sorrir ainda mais aos portistas. Bueno dificilmente voltará aos dragões e continuará a ser um “problema”. Mas Layún e Quintero podem ter no Mundial da Rússia uma montra definitiva a um negócio de maior valor. A presença do lateral na convocatória mexicana é praticamente certa. A de Juanfer pela Colômbia nem por isso, mas José Pekerman já o levou em 2014 e avisou que, estando Quintero em forma e a jogar regularmente num grande clube, voltaria a ser hipótese. No Independiente agradou, mas o River é de outra estirpe e uma montra muito mais entusiasmante.
Valor: Layún e Bueno auferem cerca de dois milhões de euros em meio ano