O Jogo

Produção ofensiva caiu, mas agora há mais opções

Waris e Gonçalo Paciência chegaram no mês em que o FC Porto marcou menos golos. Quebra na finalizaçã­o custou a Taça da Liga e, a liderança, ainda que à condição, do campeonato

- CARLOS GOUVEIA

Dragões marcaram menos de metade dos golos no primeiro mês de 2018 do que no último de 2017. Jogo com o V. Guimarães (4-2) foi exceção. Aboubakar e Marega com dois golos cada neste período

O FC Porto passa pela pior seca da temporada. Há 257 minutos que não marca um golo – pelo menos dos que contam porque entretanto teve dois anulados pelo VAR – desde que Marega assinou o triunfo pela margem mínima sobre o Tondela. Manter a produção de dezembro, com 3,28 golos por partida era muito difícil [ver quadro ao lado], mas a queda é impression­ante: em janeiro, o FC Porto apontou apenas nove golos, tantos como em agosto, mas agora em seis partidas, contra quatro do mês em que arrancou a temporada. Este é, por- tanto, opiorregis­to de2017/18 e já custou o afastament­o da final da Taça da Liga e também a liderança no campeonato, ainda que à condição uma vez que ainda falta completar o jogo com o Estoril. Não fossem os quatro golos marcados ao V. Guimarães e o registo seria ainda pior. O Benfica, inclusive, até já tem o ataque mais concretiza­dor da Liga.

Curiosamen­te, no mês que agora terminou, os dragões reforçaram o sector ofensivo com mais dois elementos que podem trazer maior poder de fogo à equipa. Waris já se estreou e teve um golo anulado, Gonçalo Paciência poderá ser novidade na receção ao Braga. Estes dois juntam-se a Aboubakar, Marega e Soares, avançados que estão em crise de golos, à semelhança da equipa. O brasileiro, aliás, ainda não festejou neste ano civil, enquanto que o camaronês e o maliano fizeram apenas dois golos cada. Já agora, refira-se que Herrera, Layún, Brahimi e Felipe assinaram os restantes cinco festejados em janeiro.

Sérgio Conceição está, naturalmen­te, atento a esta quebra abrupta da produção que, aliás, lamentou no final do encontro em Moreira de Cónegos. “Criámos muitas ocasiões para fazer golo. Não só para ganhar, mas ganhar por mais do que um golo de diferença”, assumiu. Ontem, garantiu que esta é apenas uma fase que vai terminar. “Com certeza vamos voltar a fazer muitos golos”, atirou. Nesse sentido, nos últimos dias, o treinador portista tem privilegia­do o trabalho ofensivo na tentativa de inverter os números já esta noite com o Braga, num jogo de elevado grau de dificuldad­e. Na primeira volta, recorde-se, o FC Porto ganhou por 1-0 na Pedreira.

É verdade que a equipa cria muitas ocasiões de golo, como Sérgio Conceição sublinhou, mas nota-se uma quebra na confiança na hora de atirar à baliza. De tal forma que nos últimos três jogos e meio – incluindo aqui a primeira parte do Estoril – o FC Porto só foi capaz de marcar um golo. Soares (Sporting) e Waris (Moreirense) também acertaram nas redes, mas não valeu...

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal