REGULAMENTO DISCIPLINAR PARA SÓCIOS AQUECE A AG
Em reunião magna extraordinária serão apreciadas alterações estatutárias e ainda a criação de um novo regime para sancionar infrações de associados... que vão pedir o adiamento da discussão
Realce para a extinção do Conselho Leonino e a eleição por lista completa. Bruno queria impedir ainda a criação de grupos como o que levou à queda de Godinho Lopes, mas alterou, ontem, esse ponto
O Edifício Multidesportivo leonino acolhe, esta tarde (14h30), uma assembleia geral extraordinária que está a gerar umaondadeinsatisfaçãoedeixa antever uma discussão fraturante. Em causa estão várias alterações estatutárias (ponto 6 da ordem de trabalhos) e a aprovação de um Regulamento Disciplinar para os sócios (ponto 7). Contudo, o descontentamento em relação aos dois citados pontos vai levar, sabe O JOGO, a que vários sócios proponham o adiamento da sua discussão, pois são-lhe apontadas ilegalidades. Sinal claro da contestação às propostas é o facto de o presidente, Bruno de Carvalho, ter dissecado os pontos sensíveis no Facebook (ver página ao lado) e de, a menos de 24 horas da realização da AG, as propostas terem sido reescritas.
Começando pelo ponto 6, os destaques são as alterações de natureza orgânico-formal, nomeadamente a extinção do Conselho Leonino (para entrar em vigor após o próximo ato eleitoral); e o fim do método de Hondt para a eleição do Conselho Fiscal e Disciplinar (substituído por eleições por lista completa para todos os órgãos sociais). Quanto às questões de natureza disciplinar (ponto 7), o objetivo é que entrem em vigor no prazo de 30 dias. Passará a ser possível a expulsãodesócioseasuasuspensão. Em alteração produzida ontem, quem deixar de ser sócio voluntariamente durante ação disciplinar para a sua expulsão, só poderá requerer a readmissão após oito anos.
Consideram-seinfraçõesdisciplinares “injuriar, difamar ou ofender o Sporting, os seus órgãos sociais ou qualquer dos seus membros”. Por último, de salientar o recuo, no documento redigido e apresentado ontem, quanto a uma proposta que estava a gerar polémica. Configuraria infração disciplinar “criar ou fomentar a criação de grupos que por qualquer modo possam perturbar o trabalho dos órgãos sociais”, alínea que teria impedido a criação do movimento “Dar Rumo ao Sporting”, que, em 2013, desencadeou a queda de Godinho Lopes. A infração passou a ser por “praticar atos ou comportamentos, no âmbito da atividade de grupos reconhecidos ou identificados com o Sporting, ofensivos ou injuriosos de qualquer membro dos órgãos sociais”.