“As dificuldades desapareceram em janeiro...”
Política de contratações do Vitória no mercado de inverno merece reparos de Júlio Vieira de Castro, que diz não ser coerente com o discurso de dificuldade financeira feito pelo presidente da Direção
Fez críticas às contratações de inverno do Vitória. Quer concretizar? —Consideramos que há um aproveitamento devido ao momento eleitoral. Na época passada, estávamos a três pontos de um lugar de acesso à Champions e vendemos o Soares e o João Pedro e não comprámos ninguém. Acabámos em quarto, a seis pontos do Sporting. Este ano, em que o presidente definiu o quarto lugar como objetivo e estando o Vitória arredado de todas as competições, houve investimento no mercado de inverno. Por que é que esse investimento não foi feito em junho e julho? Por que é que esse investimento está a ser feito em janeiro quando em maio se sabia que o Vitória ia disputar a Supertaça, a Liga Europa e a Taça da Liga sendo cabeça de série? O presidente do Vitória está a dar-nos razão quando dizemos que o plantel foi mal construído. Contratou o Welthon, o Mattheus Oliveira e mandou regressar o João Afonso. O atual presidente da Direção fala constantemente do aspeto financeiro, mas nas compras de janeiro parece que se esqueceu um bocadinho das dificuldades financeiras que ele diz que o Vitória tem. Parece que as dificuldades financeiras se esbateram ou desapareceram em janeiro. Qual é a recetividade que tem sentido em relação à sua candidatura? O rendimento irregular da equipa joga a seu favor? —Como vitorianos, pretendemos que o Vitória ganhe sempre. Queremos que tenha um desempenho regular. —Não direi que tenha superado as expectativas, mas está completamente dentro das expectativas. Há uma identificação dos sócios com a nossa ideia, com o nosso programa e com esta candidatura, pelo facto de ser feita por pessoas que respeitam o lema “nós somos a bancada”. Portanto, é uma candidatura das bases, de pessoas que vêm da bancada e que acham que chegou a hora de assumirem elas a gestão daquilo que também é delas. Achamos que há uma erosão da atual Direção, porque virou costas aos associados.