O Jogo

MOU “DÁ” TÍTULO AO CITY

INGLATERRA Pela primeira vez, técnico dos red devils admite que as faixas de campeão estão entregues. Porém, Pep Guardiola discorda, lembrando os 13 jogos por disputar

- CARLOS ALBERTO FERNANDES

Apesar da “época razoável” do United, treinador luso considera que os triunfos sucessivos dos citizens, “alguns imerecidos”, fecharam a corrida. Por sua vez, Wenger revela receios sobre a competitiv­idade

A corrida pelo primeiro lugar na Premier League está decidida. Quem o afirma é José Mourinho, avaliando a distância de 15 pontos que separam o United dos citizens a 13 jornadas do fim. “O que sinto é que eles [City] têm estado muito bem e não permitiram a aproximaçã­o pontual dos outros candidatos. A luta está em aberto para segundo, terceiro e quarto lugares, mas está praticamen­te fechada em relação ao primeiro”, decretou o treinador português.

Um ponto de vista que Pep Guardiola se apressou a contrariar, poucas horas depois. “Não, nada está decidido. São 39 pontos que faltam discutir e temos uma série de jogos muito difícil pela frente: Burnley, Stoke, Everton, Arsenal, Tottenham, United e Chelsea. Definitiva­mente, não terminou”, argumentou o catalão. Certo é que Mourinho já redefiniu o objetivo dos red devils: “Precisamos de pontos, já frente ao Huddersfie­ld, para sermos os primeiros dos últimos.” “Mesmo sem ganhar o título, pode fazerse um trabalho positivo. Melhorámos em tudo face à época passada” José Mourinho Treinador do Man. United

Curiosamen­te, no Chelsea, atual terceiro, a par do Liverpool, Antonio Conte assumiu entretanto que a meta principal dos blues é ficar nos quatro primeiros. “Vamos ter de lutar muito para conseguir um lugar na Champions. É o nosso grande desafio”, sublinhou ontem, no rescaldo do colapso com o Bournemout­h por 3-0. Já Arsène Wenger, que treina um Arsenal a 26 pontos do líder, lançou um alerta mais abrangente. “Em dezembro, já conhecíamo­s quatro campeões das cinco principais ligas. Significa que há algo

de errado no futebol. O enorme poder financeiro de alguns clubes está basicament­e a destruir a competição”, disse.

Mourinho faz uma análise diferente: “O City começou forte, continuou forte e conseguiu alguns triunfos imerecidos, com vitórias no último minuto. Não se pode dizer que United, Tottenham e Chelsea tenham feito um mau percurso, porque a pontuação é muito razoável. Mesmo sem o título, pode fazer-se um trabalho positivo.” Em comparação com 2016/17, à 25.ª ronda, o United tem mais cinco pontos, mas o City fez mais 16, enquanto Arsenal (-8) e Chelsea (-10) tiveram a maior quebra.

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