Bruno desmente querer “lei da rolha”
Em discurso inflamado, presidente abriu AG disparando sobre críticos que o acusam de ser totalitário
Face à polémica gerada pela revisão estatutária que alguns sportinguistas acusavam de fomentar o totalitarismo, Bruno de Carvalho abriu a AG de ontem de forma enérgica. Num discurso de cerca de uma hora, o presidente leonino foi corrosivo para com os seus detratores, que atacou para defender as mudanças pretendidas que viriam a ser votadas. “É bom para o Sporting ter aqui tanta gente”, começou por referir o líder leonino, para prosseguir: “O amplo debate é aqui, não é em grupos e grupinhos e o que fizemos foi vir à AG apresentar o nosso trabalho. E quando o anunciámos que íamos fazer, tínhamos acabado de empatar em Setúbal, um soco no estômago que me doeu mais que a intervenção. Para aqueles que julgam que eu sou o Nhaga, e que já sabia que íamos ganhar a Taça da Liga e que os nossos adversários iam escorregar e chegávamos aqui em primeiro, esclareço-vos: não sou o Nhaga! Para os campeões do teclado, e ainda bem que muitos estão aqui hoje, não sabia que ia estar em primeiro.”
“É um clima de conspiração constante”, prosseguiu o líder leonino, para continuar: “Dos rivais, já nem me importam. Mas as minas internas são muito perigosas. ‘Ditadura’, dizem eles, ‘Hitler’, ‘coreano’, ‘quer ficar para sempre no clube’, ‘usa os vídeo-screens do clube’ e ‘usa o Facebook do clube’, ‘dá-se mal com os atletas’, depois no vídeo vê-se que dá-se bem, ‘é um palhaço’.”
“Hoje é o dia em que vou ser eu que digo ‘Basta!’ Vamos ver se quem quer a ‘lei da rolha’ é o presidente ou outras pessoas. Sobre isto falarei mais à frente, sem transmissão televisiva”, declarou Bruno de Carvalho, passando a incidir sobre a vertente disciplinar. “Os exemplos que irei dar são inúmeros: desde chamaremme drogado, burro, etc. Quem vai decidir se isto configura matéria para processos disciplinar ou não são vocês, nós só propomos. É aqui que se decide. É isto a pluralidade !”“É justo que um sócio que faz mal ao clube deixe de ser sócio, para depois voltar a ser sócio e não poder ser punido, porque entretanto prescreveu? Tinham chegado aí ou não? Tinham?”, desafiou, antes de prosseguir: “Quero aqui ficar, enquanto achar que sou uma mais-valia para o clube. Querem que saia? É hoje! Tirem me daqui !”“É aqui que se pergunta as coisas, nãoénanet.É aqui, nãoéad ar entrevistas aos jornais, como fez Rui Morgado, como fez Abrantes Mendes, é aqui!”, atirou, antes de virar baterias para outro alvo, na apresentação das propostas: “Depois de alguém andar a dizer que pagava, não pagava, pagava, não pagava, depois negociava os custos com a comunicação social e não com o Sporting [n.d.r. referindo-se a Pedro Madeira Rodrigues], propomos fazer uma auditoria às contas do clube em operação que não ultrapassará os 100 mil euros.”
“O presidente quer a ditadura? Quem a quer é quem toma o Viagra” Bruno de Carvalho Presidente do Sporting