O Jogo

Bruno exige ser aclamado

Presidente sai se AG não aprovar as suas propostas e não lhe der um maciço voto de confiança Garante que, se abandonar, não se recandidat­a

- BRUNO FERNANDES RAFAEL TOUCEDO

“As minhas filhas não merecem ler que o pai é um drogado”

Alteração dos estatutos, aprovação do regulament­o disciplina­r e reforço da posição dos órgãos sociais. Só fazendo este “pleno” no dia 17, numa reunião magna extraordin­ária, é que se evita demissões

“Estou farto destes grupos, grupinhos, grupetas, das pessoas que andam na sombra, das manobras... Os sportingui­stas têm de decidir o que querem”. A frase resume a insatisfaç­ão de Bruno de Carvalho perante os acontecime­ntos da última assembleia geral, realizada no sábado, no Multidespo­rtivo do José Alvalade, e serve também para lançar a reunião magna extraordin­ária que, no próximo dia 17, vai definir a sua continuida­de no Sporting. Em jeito de ultimato, o presidente convocou todos os sócios a estarem presentes no Pavilhão João Rocha, pelas 14 horas, discutindo e votando três decisivos pontos: a alteração de estatutos e criação de um regulament­o disciplina­r interno, que transitam da anterior AG, e a manutenção – ou não –, dos órgãossoci­aisvigente­s.Sealgum destes pontos não for aprovado com um mínimo de 75% dos votos, caem os atuais corpos dirigentes. Bruno é ainda mais definitivo – e garante: não se voltará a candidatar.

As questões que vão a sufrágio são as mesmas que aqueceram a última assembleia, motivando o abandono da mes-

Foi com ironia que respondeu sobre uma eventual equipa de futebol... instável. “Se afeta a equipa? Eu já não era convocado por Jesus...”

ma por parte de Bruno de Carvalho e respetiva equipa. O então ponto 6 – agora ponto 1 – levava a discussão alterações de natureza orgânico-formal, como a extinção do Conselho Leonino ou o fim do método de Hondt para a eleição do Conselho Fiscal e Disciplina­r; o então ponto 7 – agora ponto 2 – pressupunh­a a criação de um novo regime para sancionar infrações de associados. Para além dos insultos de que diz ter sido alvo (tal como membros dos seus órgãos sociais) na discussão das duas propostas, por ambas foi pedido o adiamento da discussão.

“Se não acredito numa assembleia geral da Liga onde nem sequer deixaram debater as propostas do Sporting, tambémnãop­ossoacredi­tarnuma assembleia­geralonden­ãoquiseram debater as propostas da Direção”, replicou, ontem, o líder leonino aos jornalista­s, já depois de dentro do Auditório Artur Agostinho ter explicado às três centenas de sócios... a solução. No que diz respeito ao novo ponto 1, os estatutos obrigam aos tais 75% para a aprovação. Bruno “pediu” o mesmo número para o ponto 2, chegou a falar em 86% (votação com que ganhou as últimas eleições) para se dar luz verde ao terceiro, mas O JOGO sabe que mantém a fasquia nos mesmos 75%.

“Não ando aqui a brincar; ando aqui a dar a minha vida, a sacrificar a minha família. Os sportingui­stas têm, de uma vez por todas, de escolher aquilo que querem”, atirou.

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