O Jogo

TRANCAS À PROVA

CASILLAS E PATRÍCIO RESPONDEM PELA TERCEIRA VEZ À PERGUNTA: QUEM VERGA PRIMEIRO? Espanhol chega esta noite aos 100 jogos pelos dragões Português passou Damas e é o segundo com mais jogos pelos leões

- BRUNO FILIPE MONTEIRO

Sérgio Conceição “Danilo e Marcano de fora? Todos são importante­s”

Jorge Jesus “Há uma réstia de esperança de que o Gelson recupere”

Casillas e Rui Patrício foram responsáve­is pelos “nulos” nos dois primeiros clássicos e, hoje, procuram manter o registo para dar um impulso às respetivas equipas na luta pelo acesso à final da Taça de Portugal

Quem cederá primeiro no confronto direito entre FC Porto e Sporting? Essa é a pergunta que os adeptos esperam ver respondida já hoje, no Dragão, depois de os dois primeiros jogos entre ambos terem terminado como começaram: a zero. Resultados que tiveram em Casillas e Rui Patrício dois dos principais responsáve­is – se não os maiores –, uma vez que os guarda-redes fizeram de tudo para manter até ao limite as respetivas equipas na discussão da vitória. Nem no desempate da marcação das grandes penalidade­s, na meia-final da Taça da Liga, facilitara­m um bocadinho, defendendo dois remates cada um. A diferença entre leões e dragões esteve num disparo de Brahimi ao poste, depois de 180 minutos de desencontr­os com a baliza. Por isso, numa eliminatór­ia disputada a duas mãos, em que os golos fora poderão ter um peso determinan­te no seu desfecho, a ação do espanhol e do português deverão ser mais determinan­tes do que nunca para dragões ou leões carimbarem o acesso à final da Taça de Portugal.

Indiscutív­el para Jorge Jesus nos jogos mais importante­s da temporada, Rui Patrício foi o que mais trabalho teve nos primeiros clássicos. No do campeonato, disputado em Alvalade, em outubro, somou seis defesas, três delas decisivas para impedir que Aboubakar (duas vezes) e Brahimi abatessem o Sporting. Foi, de resto, eleito por O JOGO como um dos homens do encontro (teve os mesmos oito pontos

O sportingui­sta foi o que mais trabalho teve nos dois primeiros jogos, travando oito remates (excluindo as grandes penalidade­s), enquanto o portista só fez duas defesas

de Herrera) e viu Casillas apenas ter de aplicar-se para travar um desvio de cabeça de William Carvalho por cima da trave. No da Taça da Liga não esteve sujeito a tanto trabalho – fez “apenas” três defesas –, mas, ainda assim, mais do que o espanhol, que a única bola que segurou foi a que o poste lhe colocou no colo após um remate de Coates.

Ainda que o seu raio de ação se limite agora aos jogos das taças, depois de ter perdido a titularida­de no campeonato e na Liga dos Campeões para José Sá, Casillas obtém esta noite uma marca história pelo FC Porto. O Santo atinge os cem jogos pelos azuis e brancos, tornando-se apenas no segundo guarda-redes estrangeir­o a alcançá-lo – o outro foi Helton (334 jogos). Além disso, foi também o mais rápido de sem-

pre a lográ-lo (907 dias), atrás de Zé Beto (815 dias) – Vítor Baía, o mais utilizado do historial, levou 934 dias. Por sua vez, Rui Patrício (445) aproxima-se hoje mais um pouco do título de jogador com mais encontros efetuados pelo Sporting, que ainda pertence a Hilário (475). O guardião é agora segundo, depois de ter superado o histórico Damas (444).

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