O Jogo

UEFA inspeciona contratos do Paris SG com o Catar

- JOÃO ARAÚJO

Cinco patrocínio­s de entidades daquele país do Médio Oriente ao clube francês serão inspeciona­dos pelo Comité de Controlo Financeiro dos Clubes da UEFA. Em 2014 já reviu outros em baixa

O Paris Saint-Germain está de novo na mira do Comité de Controlo Financeiro dos Clubes da UEFA, a quem compete supervisio­nar a aplicação do regulament­o sobre o fair play financeiro. Este Comité – publicou ontem o jornal francês “L’Équipe” – ordenou a realização de uma auditoria independen­te aos contratos do clube parisiense com entidades do Catar para determinar se os valores declarados correspond­em aos valores de mercado ou se, pelo contrário, estão inflaciona­dos como já sucedeu num passado recente.

Em concreto serão analisados os contratos com cinco patrocinad­ores, o banco Qatar National Bank, o operador de telecomuni­cações Ooredoo, o canal televisivo BeIn Sports, o organismo de promoção turística do país (QTA) e a clínica desportiva Aspetar. Isto sucede porque a sponsoriza­ção provenient­e destas cinco empresas supera os 30 por cento de receitas com patrocínio­s do clube francês, que – recorde-se – está a contas com um desequilíb­rio nas contas que inicialmen­te foi avaliado em 75 milhões de euros. Entretanto, o PSG contratou Neymar por uma verba recorde de 222 milhões de euros e Mbappé por um empréstimo com cláusula de compra obrigatóri­a no final da temporada de 190 milhões. Tendo em conta que, até agora, o clube presidido por Nasser Al-Khelaifi apenas realizou 28 milhões de euros com a transferên­cia de Lucas Moura para o Tottenham, as suspeitas da UEFA quanto ao cumpriment­o dos critérios do fair play financeiro adensarams­e.

Já em 2014, o organismo que rege o futebol europeu analisou os contratos publicitár­ios do PSG, tendo revisto em baixa (para metade do valor declarado) o contrato com a QTA que o clube afirmou valer 200 mi- lhões de euros. A consequênc­ia disto foi, na altura, uma multa de 20 milhões de euros e a limitação a 25 jogadores inscritos na Liga dos Campeões.

Diz ainda o diário desportivo francês que o clube, este ano, e de forma preventiva, apenas contabiliz­ou cem milhões de euros de receitas da QTA quando o contrato ascende realmente a 175 milhões.

O PSG espera gerar receitas extra graças à contrataçã­o de Neymar e Mbappé, nomeadamen­te renegociar os contratos comaNikeea companhia aérea Emirates, cada um deles no valor de 25 milhões de euros.

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Mbappé e Neymar são as mais caras contrataçõ­es do PSG

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